Parece que o roteiro do filme de terror ganhou mais algumas páginas. Mês passado o Portal Acionista destacou aqui que o monstro não era tão feio como foi pintado no fim de 2022 mas que ainda era necessário estar atento, pois o bicho ainda assustava. Pois então, mais do mesmo, e o cenário macro segue um grande desafio ou uma grande incógnita em abril.
Juros aumentaram nos EUA; Selic mantida a 13,75%, o conflito na Ucrânia parece não ter fim, inflação ainda crescente e a cereja do bolo: o corte na produção de petróleo da Opep, que elevou o preço do barril e, logo, o cidadão do mundo vai sentir o peso nos combustíveis e o efeito dominó…
Cenário macro
É seguimos com a ideia de que não está fácil para país algum e o cenário pode piorar, embora o mercado esteja sempre otimista. No geral, conforme os analistas, março foi mais um período marcado pelas discussões em torno das propostas do governo para controle de gastos, da inflação e de juros. Na quinta-feira (30) a Fazenda apresentou o falado, esperado e quase idolatrado arcabouço fiscal (salve, salve!). “Mesmo com boa receptividade, existe um caminho pela frente para ter efetividade nos próximos anos”, comentam os analistas da Planner.
Esse cenário também faz os analistas do PagBank seguirem com a postura conservadora para abril. “Entendemos que o cenário econômico global seguirá volátil até que haja uma clara sinalização do fim do aperto monetário americano. Por aqui, ainda vemos algumas incertezas em relação ao cenário fiscal, mas vemos com bons olhos a apresentação do novo arcabouço fiscal, que pode ser um catalisador de recuperação para a bolsa brasileira, uma vez que sinaliza certa austeridade fiscal e norteia os próximos passos do governo.”