O que fez o nacional socialismo, ou aquilo que chamamos de “nazismo”, prosperar e crescer de 1933 até o auge da segunda guerra, sem dúvida alguma foi a propaganda.

O sistema de divulgação propagandista era de cunho público e institucional. Feito pelos jornais até da imprensa “livre” junto a dinheiro de impostos para alimentar mais a ideologia; mesmo nas entrelinhas era pregado, e hora abertamente nas propagandas principais dos meios da época.

O uso de propaganda para difundir a lavagem cerebral marxista era um instrumento antigo para os comunistas. Lênin comentava que a propaganda poderia transformar uma mentira em verdade, se houvesse a repetição. Com Hitler tínhamos não apenas a repetição, mas um ministério dedicado a toda esta manifestação. O ministério da propaganda. Sob a direção de Joseph Goebells que traduzia toda uma condição concatenada de propaganda do socialismo nacional, com a lavagem cerebral, de tal sorte que era impossível ter sequer um meio que contrariasse toda a miscelânea de informações, que no fundo eram desinformações, porque queriam mascarar os fatos para se criar hegemonia conceitual e permanência ao poder.  Eles, os nacionais socialistas – nazistas -, queimavam livros, reprimiam opositores, prendiam políticos, e até matavam aliados com o fim de chegar ao nível claro de uma hegemonia da opinião pública e da mídia jornalística. Sobretudo, havia um apoio claro interno e externo do mesmo ideal a ao partido nacional socialista, o NSDAP (National Sozialistische Deustche Arbeite Partei) ou partido do nacional socialismo dos trabalhadores alemães.

O que poucos sabem é que esta propaganda interna era não apenas financiada pelos cofres públicos, pelos tributos, mas principalmente era mantida pelo apoio do PARTIDO COMUNISTA da Alemanha, e com o apoio com o movimento comunista internacional, que em Europa já tinha o domínio quase integral da mídia, sempre espalhando propaganda e desinformação, no rádio e nos jornais, chamando os fatos de ilusões, e as ilusões de fatos, enganando a população para manter o domínio comunista Europeu, conforme o plano de Stalín, porque o comunismo em parte foi nada menos que o ideal de domínio do satanista Stalín em alguns decênios, para alcançar os seus planos de controle mundial.

A violência do partido nacional socialista começou com agressões e mortes aos que se opunham ao sistema. Em 1923 assistimos casos de mortes a civis, generais, e todos aqueles que nos ideários do sistema eram um peso. Podemos dizer, a oposição. O partido fascista tinha a mesma função na Itália, como o caso do massacre dos Alpes, que era uma forma de intimidação aos que tinham apenas pontos de vistas livres, não aos que discordavam naturalmente do sistema ideológico. Mas o modelo político de opressão foi crescendo cada vez mais.

Quando Hitler se tornou o chanceler em 1933, já toda a Alemanha estava sob o domínio da ideologia. Passado dez anos era difícil saber se havia alguma escola ou meio de comunicação que não propalasse o nacional socialismo. O partido comunista alemão já tinha declarado apoio, e publicava que queria destruir o capitalismo de vez. Stalín via Hitler como um autêntico ortodoxo marxista. Além disso havia o fascismo italiano. O fascismo era também marxista, porém, havia um partido fascista na Alemanha também.

Ressalta-se que no início, fascismo e nazismo eram usados pelo partido comunista, ora por Stalín, como SINÔNIMOS.

Na União Soviética gritavam os oradores do regime comunista, que a ponta de lança contra o capitalismo mundial era o fascismo alemão, mostrando que realmente eram tratados como um mesmo conceito, visto que a natureza, as fontes, e a raiz da ideologia eram as mesmas.

“O capitalismo finalmente tirou a máscara – os trabalhadores do mundo enfrentam agora uma escolha clara entre o fascismo e o comunismo. Podemos duvidar de qual será sua escolha? A União Soviética é o único baluarte contra o fascismo, e o proletariado de todo o mundo está conosco. Mussolini na Itália, Hitler na Alemanha, camaradas, são os precursores da nossa revolução. Revelando a verdadeira face do moderno capitalismo fascista, eles levam as massas a uma compreensão da verdade” (Viktor Kravichenko, I choose freedom, Londres, 1947. P. 109)

Por mais que hora em vez se apresentavam como díspares, tais ideologias tinham afinamentos ideológicos de base, e quem era da cúpula da desinformação sabia que todas tinham fundamentação marxista; estudado os documentos de origem, é impossível entender o nacional socialismo diferente do comunismo, pois, a linha de Feder tinha as mesmas bases socialistas, talvez um pouco menos radical, mas era o mesmo interesse de super-Estado, e anti-capitalismo.

Os marxistas se mantinham numa posição “neutra” para tentarem salvar “os fundamentos” das três teorias, que no fundo tinham as perspectivas todas extraídas de suas bases (nazismo, fascismo, e comunismo são de fonte marxista). Se houvesse a fala explícita dos movimentos com a base marxista, estaria fadado ao fracasso tal ideia, e comprometeria a política soviética, embora os marxistas soviéticos chamassem os nacionais socialistas de “fascistas alemães”. Perceba que era praticamente igual. A visão foi distorcida largamente na época, para realmente salvar a base das três ideologias, que era o marxismo, e claro não dizer que o fascismo era patrocinado jornalisticamente e politicamente pelos partidos e membros da ala comunista, da extrema esquerda.

Na época, Hitler era taxativo ao dizer que os nacionais socialistas não poderiam ser chamados de conservadores. Isso porque não era totalmente comunismo, e não poderia ser liberalismo de modo algum, embora fosse uma ideologia, isto é, uma ideia totalitária, viciada, e autoritária, que não permitia a discussão ou o contraditório. Havia teóricos que conclamavam a junção das ideias socialistas nacionais com o marxismo, numa dupla (claro que em redundância) – tal qual, Alexander Dugin tentava misturar diversas ideologias no ideal neocomunista russo -, e tal condição foi até aprovada na época pelos teóricos do NSDAP, o próprio Goebbels e Karl Radek.

No processo de formação do partido nacional socialista (nazista), os membros do partido eram todos do partido comunista, e da ala até secreta da polícia da União Soviética dentro do partido. O mesmo se dava no partido comunista com membros do outro partido. Hitler até defendia o enfrentamento das insígnias para os comunistas. Na Itália os fascistas depois da queda de Mussolini todos entraram no partido comunista. Portanto os elos eram grandes na formação do partido.

Nas equipes também. Os agentes de Hitler, e os comissários do partido, eram quase todos comunistas, alguns até conheciam os métodos terroristas soviéticos, portanto, da ala mais alta do partido maligno. O próprio Goebbels era muito próximo do bolchevismo. Ele dizia que era melhor ser bolchevista que ser capitalista. Pois o pano de amarra eram os mesmos, comentava abertamente em seus diários: “Lênin sacrificou Marx, mas em compensação deu liberdade à Rússia” (The early Goebbels diaries: The jornal of Joseph Goebbels, Londres, 1962, p. 62).

Ajuntando a isto, Hitler dizia que o nacional socialismo devia muito ao marxismo, declarava abertamente em 1934: “Não é a Alemanha que vai se tornar bolchevista, e sim o bolchevismo que se transformará em nacional-socialismo”(Nikolay Tolstói, A guerra secreta de Stalín, p. 98).

Cerca de 50 mil nacionais socialistas recrutados para o exército eram ex-comunistas, ou melhor, “ex-comunistas”( porque sempre o foram pela ideologia).

Sem contar que Hitler detestava Churchill e Roosevelt, dois liberais, republicanos, conservadores, e dizia que Stalín merecia o respeito incondicional.

O partido comunista alemão era muito parecido com o nazista. As ordens viam do Kremlin em total apoio ao partido de Hitler e no seu ideário de destruição ocidental. Até mesmo as greves da época eram combinadas entre os dois partidos. O próprio Radek que era porta-voz de Stalín, considerava a amizade entre a Itália e a União Soviética, e com os nacionais socialistas que seriam futuros comunistas.

Enquanto isso, o movimento militar e secreto de Stalín se aproximava dos alemães, o que gerou depois o tratado de não agressão entre as duas nações para o domínio de toda a Europa, o Ribentropp-Molotov. Os resultados desse pacto de sangue foram concretizados numa traição de Hitler a Stalin, embora ambos tentassem dominar não apenas o continente mas o mundo, posição mal sucedida e graças a Deus vencida, não obstante, hoje o nacional socialismo seja visto como doutrina nefasta, o comunismo ainda se apresenta como doutrina elogiosa e messiânica, posição esta questionável para quem lê os documentos que retratam os fatos da época. É  inquestionável a ligação estreita, a fundamentação, e as ligações entre os nacionais socialistas e os comunistas, disso não temos dúvida ao lermos os documentos da época.

Prof. Rodrigo Antonio Chaves da Silva

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