Nos próximos dois anos o mundo pode passar por um desaquecimento econômico. Conforme projeção do Fundo Monetário Internacional (FMI), o crescimento global deve ficar em 3,1% em 2024 e 3,2% em 2025.

Embora tenha subido 0,2 ponto porcentual desde as projeções feitas em outubro passado, uma vez que a resiliência das economias dos Estados Unidos e de outros países tenha se mostrado acima do esperado, a expectativa continua abaixo da média recente, diz uma publicação do InfoMoney.

Quem poderia se destacar mesmo com desaquecimento econômico mundial?

Conforme o relatório World Economic Outlook, o maior destaque fica para a Índia, que deve crescer 6,5% neste ano e no próximo. Em segundo aparece a Filipinas (6%) e, em terceiro, a Indonésia (5%). China ficou em quarto lugar, com crescimento de 4,6%. O Brasil é o 18º, com 1,7%.

Segundo uma reportagem da CNN, o otimismo em torno da Índia contrasta fortemente com o estado de espírito encontrado na China, que se debate com diversos desafios econômicos, incluindo uma fuga acelerada de capitais do país.

“Os mercados da China sofreram uma queda prolongada desde os recentes picos de 2021, com perdas de mais de US$ 5 trilhões em valor de mercado nas bolsas de Xangai, Shenzhen e Hong Kong”, diz a publicação.

O investimento direto estrangeiro (IDE) despencou no ano passado e caiu novamente em janeiro, diminuindo quase 12% em comparação com o mesmo mês de 2023. Neste mesmo período, o mercado de ações da Índia está atingindo níveis recorde. O valor das empresas cotadas nas bolsas da Índia ultrapassou os US$ 4 trilhões no final do ano passado.

Para o guru dos mercados emergentes, Índia é promissora

O mercado indiano vem crescendo em velocidade, nos últimos três anos, os principais índices da bolsa de Mumbai subiram cerca de 50%, enquanto o americano S&P 500, 32% e o Ibovespa, 11%.  O investidor Mark Mobius, o chamado “guru dos emergentes”, vê boas razões para investir no país.  Bom saber que ele liderou a divisão de mercados emergentes da Franklin Templeton por mais de 30 anos,  onde se tornou referência global sobre o assunto. 

Em entrevista à americana CNBC, repercutida pela Exame, Mobius reforçou a importância demográfica da Índia, que tem uma população “jovem e dinâmica”. “Mas mais importante é a área tecnológica. A Índia é líder em software, com exportações para todo o mundo. Agora, a Índia está entrando em hardware e acredito que será muito promissor”, disse.

O guru também ressaltou o trabalho que vem sendo realizado pelo primeiro-ministro Narendra Modi. “Ele está digitalizando a economia, isso é ótimo e coloca a Índia na frente de muitos países desenvolvidos”, comentou.

Na avaliação de Mobius, o país tem adotado um posicionamento adequado geopoliticamente, buscando a neutralidade entre as principais potências globais. “A Índia pode congratular o presidente russo ou um americano, seja quem esteja lá. Esse posicionamento, por exemplo, tem contribuído com importações de petróleo russo a preços mais baixos enquanto mantêm uma relação amistosa com os Estados Unidos.”

Para Mark Mobius, uma das oportunidades na Índia está na música. As ações da gravadora de música e filmes Tips Industries, por exemplo, acumula alta de 31% em 2024 e subiu cerca de 222% desde o mesmo período do ano passado. “E uma empresa bem interessante, por estar associada à Bollywood. Minha avaliação é de que a ação ainda está barata. Digo isso não olhando para o valor patrimonial por ação, mas  para o retorno sobre capital e projeção de crescimento.”

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