Segundo o levantamento Perfil da Empreendedora Brasileira, da Serasa Experian, das 20,6 milhões de empresas ativas no País, 8,4 milhões contam com mulheres como donas ou sócias majoritárias, equivalente a 40,5% do total de empreendedores brasileiros. No mês da mulher, conheça histórias de empresárias que estão à frente de negócios de grandes marcas do segmento de franquias e movimentam milhões, considerando o faturamento médio mensal por unidade de R$ 20 mil a R$ 275 mil.

5 mulheres que movimentam milhões na economia do país

5àsec
Leandra Bisi Priante, de 41 anos, está à frente de 11 operações da maior rede de lavanderias do mundo, a 5àsec. A história empreendedora da profissional deu início após atuar por 15 anos como representante comercial de uma multinacional calçadista na região Norte do país, até sentir que era a hora de novos desafios. Ela conta que a oportunidade de juntar sua experiência de marca e gestão com a vontade de empreender de forma planejada foi o pontapé para entrar no segmento de franquias, escolhendo a 5àsec por ser admiradora e cliente da marca e por identificar espaço de crescimento no mercado local.

Hoje, a franqueada é exemplo e case de sucesso na rede que conta com mais de 520 pontos de venda. “Já senti preconceito sendo uma mulher empreendedora. Porém, sempre respondi com conhecimento, firmeza e educação. Ouvi muitas vezes que herdei o negócio ou que tinha um sócio por trás, e até mesmo que um homem havia iniciado a operação. Para as mulheres que desejam ser empreendedoras, afirmo que temos que garantir a ocupação de mais postos de trabalho e, para isso, é importante que incentivemos políticas afirmativas sobre o tema. Precisamos nos apoiar e, sobretudo, nunca duvidar da nossa capacidade”, comenta.

Água Doce
Shirlei Noriko Miike Redressa, de 57 anos, morou durante 10 anos no Japão antes de investir no sistema de franchising. Moradora de Tupã, sede da Água Doce Sabores do Brasil, descobriu que a marca atuava no segmento por acaso e lembrou do sucesso das franquias no país japonês. Com dinheiro economizado e o desejo de ser empreendedora, mesmo sem nunca ter considerado entrar no ramo alimentício, apostou em uma operação da rede.

Nascida no Paraná antes de se mudar para Tupã, Shirlei decidiu abrir o primeiro restaurante em Toledo, oeste do estado natal. Franqueada desde 2006, a empresária conta que não sentiu dificuldades por ser mulher empreendedora, mas que tem muito orgulho da sua trajetória. “Acredito que ser mulher me ajuda e fortalece nos desafios do dia a dia. Nesse mundo do empreendedorismo, nós temos um jeitinho especial de lidar com tudo, sempre dando uma pitada de amor ao fazer contato com fornecedores, colaboradores e clientes”, comenta.

Imagem: Freepik

Calçados Bibi
Silvia Cristina Farah Saviani, de 53 anos, é Analista de Sistemas de formação e franqueada da Bibi desde 2012. A empreendedora conta que sempre teve vontade de abrir o próprio negócio e após 23 anos na área de TI, resolveu partir para a área de franquias. Com uma segunda formação em pedagogia, o planejamento foi em abrir um negócio na área infantil. Ela conta que conheceu várias marcas infantis, mas se apaixonou pela Bibi pela história e propósito da marca.

Atualmente, a empresária administra quatro lojas da marca, sendo três lojas em Belo Horizonte e uma em Uberlândia, localizadas em Minas Gerais. Com relação ao empreendedorismo feminino, Silvia fala “Sempre existe uma dificuldade por ser mulher. Alguns profissionais ainda têm muito preconceito quando se depara com uma empreendedora, mas, na minha opinião, isso está mudando. Participo de muitas organizações do comércio e hoje muitas mulheres participam e estão empreendendo. O importante é não ter medo de empreender e de correr atrás dos seus sonhos. Somos muito capazes e temos uma força incrível para realizar o que queremos, apesar de todo preconceito”, comenta.

Casa do Construtor
Leandra Cruz
, tentou fugir da genética empreendedora, mas não conseguiu. Filha de dono de supermercado, ela preferiu enveredar para o mercado corporativo, atuando em planejamento financeiro. Mas, não foi por muito tempo. Hoje, ela é franqueada da Casa do Construtor de Louveira (SP) e não se arrepende de ter trocado os 25 anos de dedicação ao mundo corporativo por um negócio próprio.

Apesar de o segmento de Casa e Construção ainda ser considerado um segmento árduo para as mulheres, ela não teve medo, ao contrário. “Recebi indicação de um amigo que sua irmã já tinha unidades da Casa do Construtor. Conheci a empresa e o ramo de atuação a fundo e me encantei. Me sinto realizada e acredito que para ter sucesso em um empreendimento como este, é preciso planejamento”, disse.

Divino Fogão
Angelina Teixeira, de 37 anos, é formada em Direito e franqueada do Divino Fogão desde 2018, com a loja do Capim Dourado Shopping, em Palmas, no Tocantins. Antes de entrar na área de alimentação, Angelina conta que era funcionária do setor público, mas que estava em busca de oportunidades para ser dona do próprio negócio. Por isso, quando conheceu o Divino Fogão não perdeu a oportunidade de investir e fazer parte de uma das redes mais conhecidas do Food Service no Brasil.

A empreendedora conta que nunca esperou trabalhar com alimentação, mas que hoje, não se vê fazendo outra coisa. “Nunca me imaginei empreendendo nessa área, eu não sabia absolutamente nada sobre os processos de uma cozinha profissional, mas dentro da franquia aprendi todos os passos necessários e tive uma verdadeira escola em todas as áreas. Hoje, eu e o meu marido estamos muito satisfeitos com o negócio, inclusive estamos renovando com a franqueadora. Somos completamente apaixonados pelo Divino Fogão”, comenta.

Texto: DFreire/Edição: Cátia Chagas

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