A presença feminina em conselhos teve um aumento de 2,8 pontos percentuais desde 2018 e, nesse ritmo, serão necessários mais de vinte anos para alcançar a paridade de gênero em cargos de liderança. É o que alerta a pesquisa Women in the boardroom, realizada pela Deloitte com mais de 10 mil empresas de 51 países, incluindo o Brasil.

O relatório revela ainda que empresas com CEOs mulheres têm, em média, conselhos significativamente mais equilibrados em termos de gênero do que as lideradas por homens. No entanto, globalmente, elas ocupam apenas 5% das posições de CEO, enquanto no Brasil o índice é de 1,2%.

Dentre os países com maior porcentagem de mulheres nos conselhos estão França (43,2%), Noruega (42,4%), Suécia (37,4%), Itália (36,6%) e Bélgica (34,9%), ao passo que a média global é de 19,7%. Quando se faz o recorte para o cenário brasileiro, o país se encontra em 39ª posição no ranking da pesquisa com 10,4%, o que representa um crescimento de 1,8% em relação à última edição da pesquisa.

“A conscientização que vem acontecendo nos últimos anos em relação à equidade de gênero levou a ações mais concretas dos governos e da iniciativa privada para vermos a participação feminina aumentar nos cargos de liderança”, afirma Venus Kennedy, sócia da Deloitte e líder do Delas, programa de diversidade de gênero da organização no Brasil.

“Claro que ainda há um longo caminho a percorrer, por isso precisamos continuar a nos concentrar não apenas no resultado de uma maior diversidade de gênero nos conselhos, mas na variedade de fatores que afetam esse resultado, como os aspectos estruturais e culturais das organizações e sociedades”, complementa a executiva.

Leia mais sobre a pesquisa.

Com informações da Deloitte.

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