De acordo com o levantamento “Protagonismo das mulheres nas empresas”, realizado pela consultoria em marketing digital Triwi com mais de 21 mil empresas em todo o Brasil, 25,1% não possuem mulheres negras em todo o seu quadro de colaboradores. Quase a metade das companhias entrevistadas possuem apenas 10% de profissionais negras, e 5% não tinham nenhuma mulher contratada.

Outro dado que chama a atenção é que elas ocupam mais cargos operacionais do que aqueles que envolvem liderança. Segundo a pesquisa, 35% das empresas contam com até 10% dos cargos de liderança ocupados por mulheres e 30% não possuem nenhuma executiva na gestão. A idade também foi apontada como um fator agravante da desigualdade, uma vez que 72% das profissionais contratadas tinham até 40 anos.

Há também informações que reforçam o quanto o mercado trata a maternidade como uma barreira para o crescimento profissional feminino. Em 78% das organizações pesquisadas, até 30% das funcionárias eram mães. “O que percebemos hoje é que a sociedade no geral não abraça a mulher quando a mesma se torna mãe. Talvez por uma questão cultural e até ultrapassada, as mães são olhadas de uma maneira muito cruel, sendo incapacitada ou sem habilidade para ser mãe e conciliar o trabalho, ocupando cargos e mesas de Conselho”, afirma Sabrina Benatti, gerente de marketing da Triwi.

A disparidade salarial também aparece no levantamento: elas recebem um salário inferior ao dos homens em 64% das empresas, enquanto em 28% os rendimentos são iguais independentemente do gênero e em apenas 8% as mulheres ganham mais do que os colegas.

Com informações Valor Investe.

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