No mês em que há datas ligadas aos desafios das mulheres para terem direitos e oportunidades iguais e a eliminação da discriminação racial ao redor do mundo, uma pesquisa mostra que ainda há muito que avançar no mercado de trabalho, principalmente para profissionais negras e outros grupos sub-representados como mulheres com deficiência e da comunidade LGBTQI+.

Censo feito pela consultoria Gestão Kairós mostra que, dentre 900 pessoas ouvidas com cargos de gerência e outros níveis acima, apenas 25% são mulheres e, quando se faz o recorte racial dentro desse índice, apenas 3% são negras.

“O estudo nos possibilita refletir sobre como a gente universaliza os direitos das mulheres pela mulher branca. Quando vemos que as mulheres negras são apenas 3%, vemos o abismo de direitos que temos”, diz Liliane Rocha, fundadora e CEO da Gestão Kairós.

Outros grupos em vulnerabilidade, como mulheres transexuais, travestis, lésbicas e com deficiência, aparecem na pesquisa. No entanto, a representatividade é quase inexistente se comparada com as outras interseccionalidades. Entre as líderes, as lésbicas são menos de 1% e as bissexuais representam 1,1%. As mulheres com deficiência também estão em patamar muito baixo tanto entre líderes quanto não líderes – 0,6% e 0,8%, respectivamente.

O levantamento inclui mais de 23 mil profissionais que não ocupam cargos de liderança. Desse total, 32% são do gênero feminino, e o número de negras aumenta para 9%, mas ainda são sub-representadas, uma vez que o Brasil é composto por 28% delas. Para mudar esse cenário, Liliane aconselha que as empresas façam um diagnóstico interno para mapear o perfil das pessoas colaboradoras e depois atuar a partir das informações encontradas.

Com informações do jornal O Estado de S. Paulo.

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