“Invisíveis – Histórias para Acordar” é um projeto transmídia formado por múltiplas vozes femininas do Brasil e de Portugal, a partir de relatos reais de diversos grupos femininos – tantas vezes silenciados – como mulheres e meninas em situação de rua, prostitutas, presidiárias, vítimas de tráfico humano e ciganas.

A riqueza das histórias trazidas por meio de extensas pesquisas que levaram em conta a voz e os relatos de centenas de mulheres, com narrativas emblemáticas da condição feminina, abarca não só uma grande diversidade, mas atravessa também o tempo e o espaço. E coloca a lupa em questões que reforçam o viés social que alcança a obra.

O projeto transmídia tem coprodução de dois núcleos teatrais, a Companhia de Solos & Bem Acompanhados do Brasil e Casulo Núcleo de Artes Performativas de Portugal, e abrange diferentes ações artísticas – um espetáculo virtual, duas exposições com performances no lançamento (Brasil e Portugal) e um podcast homônimo.

É um dos quatro projetos brasileiros contemplados no mais importante fundo de apoio internacional as Artes Cênicas da América Latina, o Programa Iberescena 2020/2021.

Espetáculo Virtual

No Brasil os relatos, organizados por Rosina Duarte, partem das obras escritas por grupos de mulheres coordenados pela ALICE – Agência Livre para Informação, Cidadania e Educação. Eles mostram os cacos de espelho de diversos mundos femininos: o das moradoras de rua, Jornal Boca de Rua – com 21 anos de história e o único do mundo feito totalmente por moradores de rua; o das prostitutas, Mariposa – Uma Puta História; o das presidiárias, Pombo Correio – Cartas da Prisão; e o das idosas moradoras na zona da fronteira do Rio Grande do Sul, Contos sem Fadas – Retalhos de Memórias.

A grande força destes relatos é dar a oportunidade para a sociedade conhecer as vozes destas mulheres que fazem parte de muitas minorias que não são ouvidas. A ALICE tem esta proposta, esta única e aparentemente simples, de mostrar o que a sociedade não vê. No caso dessas mulheres, elas se reúnem em grupos antagônicos – idosas do interior, prostituas e moradoras de ruas. Aparentemente estão separadas por uma cultura, experiência de vida, região; no entanto, tem este núcleo comum da invisibilidade e da falta de respeito da sociedade por elas. Por isso, a comunicação é algo transformador neste sentido. No momento que tu conheces algo, tua visão muda”, destaca a organizadora destes relatos, a jornalista Rosina Duarte.

Em Portugal, as narrativas foram trazidas pela pesquisadora Márcia Pedras, especialista em causas sociais ligadas à área da juventude, e revelam histórias de mulheres vítimas de tráfico humano e as ciganas habitantes do país.

Para dar vida, corpo e voz a este universo, o espetáculo virtual é assinado por Deborah Finocchiaro e Amanda Gatti, e conta com a participação das artistas Magda Loitzenbauer, Fernanda Copatti, Elaine Regina, Graziela Pires, Denise Ovádia e Valéria Pinheiro, além das próprias idealizadoras. O elenco de Portugal é formado por Patricia Soso, Marlene Barreto e Andreia Judice. O lançamento está previsto para o dia 15 de outubro de 2021 às 17h do Brasil e às 21h de Portugal no canal do YouTube de Deborah Finocchiaro.

A atriz Patricia Soso, gaúcha, morada de Portugal, ressalta o aspecto ético que alcança o projeto, ultrapassando a questão estética inicialmente oferecida pela produção artística.

Podcast

Composto por nove episódios, publicados semanalmente (às quartas-feiras), entre 13 de outubro e 10 de dezembro de 2021, o podcast “Invisíveis – Histórias Para Acordar”, é mais um formato que amplia a discussão e possibilita dar espaço a tantas outras vozes e situações que precisam ser escutadas. Sempre com mediação da equipe de criação, trará como convidados pessoas “invisíveis” e profissionais que trabalham nas áreas em questão.

O formato de podcast expande as invisibilidades e envolve mais de 200 pessoas”, observa a realizadora e atriz Deborah Finocchiaro”.

Os nove episódios estarão relacionados com invisibilidades sociais como a deficiência visual, os a síndome de down, pessoas encarceradas, refugiados e imigrantes, habitantes de rua e periferias, idade e envelhecimento e transexualidade. Os episódios serão lançados às quartas-feiras e estarão disponíveis na Canal do Youtube de Deborah Finocchiaro, na Rede Estação Democracia, e nos canais do Spotify, Google Podcast e Apple Music do projeto.

Exposições

No Brasil acontecerá no andar térreo da Casa de Cultura Mario Quintana em Porto Alegre/RS, assinada pelo artista visual Leandro Selister. Em Portugal no Grémio Dramático Povoense na cidade de Póvoa de Santa Iria, assinada por Daniel Gonçalves e Patricia Soso. Ambas contarão com performance na abertura e terão a duração de 30 dias, de 05 de novembro a 05 de dezembro de 2021.

Leandro Selister mesclará imagens do seu projeto no Instagram @tristicidade – cartografias do abandono e da (in)visibilidade, com impressões em tecido trazendo os dez mandamentos das moradoras de rua, criando um site specific para o projeto, que conta ainda com vídeo produzido especialmente. Segundo o artista, a ideia é chamar a atenção para a situação de abandono e invisibilidade que aumenta a cada dia.

Para você acompanhar:  Invisíveis- Histórias para acordar


Espetáculo Audiovisual

Quando: Lançamento dia 15 de outubro 2021.

Onde: Canal do Youtube de Deborah Finocchiaro.


Podcast

Quando: 13 de outubro a 10 de dezembro de 2021, sempre quartas-feiras às 19h com reprise às sextas-feiras às 15h na Rede Estação Democracia.

Onde: Canal do Youtube de Deborah Finocchiaro, Rede Estação Democracia, Spotify, Google Podcast e Apple Music.

Exposições

Quando: 05 de novembro a 05 de dezembro de 2021 | Performance de Abertura:17h (Brasil) e 20h (Portugal).

Onde: No andar térreo da Casa de Cultura Mario Quintana, em Porto Alegre (Brasil), e no Grémio Dramático Povoense, em Póvoa de Santa Iria (Portugal).


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