A sensação é que esse setor de construção civil não para nunca e ganha sempre. Não é bem isso, a MRVE3 é um exemplo. Os números não são nada bons para uma empresa de construção civil, entretanto, como os empreendimentos demoram, não são de curto prazo, sempre há possibilidade de recuperação no “horizonte secular”. A MRV teve uma receita líquida de R$ 1.695 milhões no 3T22, ficando 5,8% inferior ao registrado no mesmo trimestre de 2021. O Ebitda ajustado do trimestre ficou em R$ 36 milhões, -91% abaixo do 3T21. Já o lucro líquido da MRVE3 no período foi contabilizado em apenas R$ 7 milhões, -96,4% na comparação anual.
As despesas comerciais seguiram praticamente em linha com o que vem sendo praticado pela MRV, mas a surpresa deste trimestre foi nas despesas administrativas, que aumentaram 55% t/t”, comentam os analistas da Genial. Segundo eles, o aumento foi provocado em grande parte por uma despesa de G&A muito mais elevada na Resia (R$ 65 milhões vs R$ 3,7 milhões no 2T22).
Já de acordo com a Mirae, “o esforço para o 4T22 é a recuperação de margens, da geração operacional de caixa e alavancagem. Seguimos com recomendação de compra para as ações da MRV, mas apontando para um viés de retorno de médio/longo prazo. A ação é negociada atualmente com uma relação EV/Ebitda23 de 7x, PL23 de 10,4x e Cot/VPA atual de 0,9x, com posição acima da média do setor”, afirmam os analistas.