As boas iniciativas que ocorrem em nosso País podem e devem ser divulgadas!

O Movimento Rio Grande do Brasil surgiu como resposta à catástrofe que atingiu o Rio Grande do Sul em 2024, impactando 2,4 milhões de pessoas e afetando 95% dos municípios do Estado.

Face à magnitude dos danos, a ação se destacou pela articulação rápida do grupo, integrado por conselheiros consultivos da Comissão Temática de Inovação da Board Academy e lideranças locais e nacionais, com o objetivo de criar soluções inovadoras que atendessem a necessidades imediatas e estruturais.

O Movimento contou com o imprescindível apoio da Comissão Temática de Inovação da Board Academy, liderada pela presidente Débora Oppitz Giacomet e a vice-presidente Ingrid Paola Stoeckicht. Tal Comissão orientou o seu planejamento estratégico e objetivos para apoiar na recuperação do Rio Grande do Sul.

Nos dias imediatamente após a tragédia, os esforços estiveram concentrados no resgate das vítimas, na estruturação de abrigos temporários e organização de doações. A partir das experiências vividas em campo, a Comissão decidiu adotar o propósito “Governar a Inovação e Inovar a Governança”. Essa diretriz fundamentou uma série de ações pela Comissão Temática de Inovação e do Movimento, integrando os atores do ecossistema dos setores público e privado locais.

Integram o Movimento nove Frentes Estratégicas com os respectivos conselheiros membros efetivos e voluntários:

As ações do Movimento Rio Grande do Brasil, foram, inicialmente, empreendidas na cidade de Novo Hamburgo:  

  1. O primeiro passo foi mapear os agentes do ecossistema e os problemas e desafios enfrentados pelas comunidades atingidas. Isso permitiu estruturar planos de emergência e urgência com base em dados concretos, além de estabelecer parcerias com especialistas em catástrofes e gestão de riscos.
  2. Para ampliar a eficácia das soluções, a Comissão desenvolveu um agente de inovação baseado em inteligência artificial. Tal sistema integra 150 publicações, artigos, relatórios e estudos técnicos nacionais e internacionais, fornecendo informações confiáveis para embasar as decisões estratégicas e críticas durante e após a enchente.
  3. Para a frente da gestão do conhecimento, foi estruturado o ciclo de palestras e comunidades para promover o compartilhamento de boas práticas e a capacitação de lideranças dos conselheiros das demais comissões temáticas da Board Academy. Esses encontros se tornaram espaços cruciais para disseminar conhecimentos sobre gestão em ambientes de crise.
  4. Uma pesquisa conduzida junto a empresas locais revelou os principais impactos da tragédia nos negócios. A partir desses dados, a Comissão conectou startups e empresas com base tecnológica para resolver desafios específicos, acelerando a recuperação e fortalecendo a resiliência das comunidades.
  5. Outro ponto de destaque foi o cuidado com a saúde mental das vítimas. A startup gaúcha Sanos, em parceria com o Rotary, distrito 4670, que atua em 31 cidades do RS, disponibilizou uma plataforma de teleatendimento psicológico, que oferece suporte ágil e acessível às populações afetadas.
  6. Na frente dos Conselhos Estratégicos, a Comissão reuniu 80 conselheiros voluntários da Board Academy para atender, de forma pro bono, as empresas impactadas.  Desenvolveu-se um diagnóstico para identificar os principais desafios e seus impactos, que as empresas locais responderam. Isso permitiu a conexão de conselheiros especialistas para apoiar na resolução dos problemas específicos destas empresas, como desenvolver novos modelos de negócios; reestruturar suas plantas produtivas; impulsionar o e-commerce; e, prospectar novos mercados, parceiros e clientes. Essa ação está gerando impacto significativo nas empresas, incentivando-as a adotar planos de continuidade e práticas sustentáveis e resilientes para seus negócios. Outra medida importante foi identificar tecnologias de monitoramento de áreas de risco e especialistas em clima para auxiliar com informações críticas para apoiar nos processos de mitigação de riscos em cenários de eventos climáticos extremos, ampliando o foco em medidas estruturais e preventivas.
  7. Na frente da gestão do conhecimento, foi estruturado o ciclo de palestras e comunidades para promover o compartilhamento de boas práticas e a capacitação de mais de 360 conselheiros da Board Academy. Esses encontros se tornaram espaços cruciais para disseminar conhecimentos sobre gestão de crise em ambientes de desastres naturais.

O Movimento Rio Grande do Brasil se tornou um case de sucesso sobre como a inovação e a colaboração podem transformar desafios em oportunidades para o desenvolvimento local e regional.

A perspectiva é que as ações desenvolvidas pelo Movimento Rio Grande do Brasil continuem a apoiar as organizações gaúchas, públicas e privadas, a desenvolver uma cultura de gestão de crise e resiliência para a população gaúcha. E por fim, a experiência e o aprendizado acumulado fortaleceram a confiança em soluções inovadoras e cooperativas como meio eficaz de enfrentar crises e reconstruir comunidades.

Esse Movimento reforça a importância das organizações brasileiras e da sociedade se prepararem para o enfrentamento de futuros desafios associados aos eventos climáticos extremos. Para isso, desenvolver uma cultura de prevenção e resiliência é fundamental.

Concluímos este artigo com uma mensagem de Débora Giacomet:

“Queremos convidar as empresas impactadas que tiverem interesse no apoio de conselheiros experientes voluntários, da Board Academy, a entrar em contato pelo e-mail [email protected], para obter mais informações de como participar.”

O trabalho do Movimento Rio Grande do Brasil pode ser conhecido de forma mais detalhada na Revista RI, edições 286 e 287.

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