Se fosse a Carol de 2017 escrevendo pra vocês, ela diria que o Mercado de Criptomoedas pode ser uma bolha, um meio de lavagem de dinheiro ou qualquer outra mensagem carregada de falta de conhecimento (que você já deve ter ouvido por aí também) acerca das criptomoedas.
Mas, ainda bem que eu encontrei o caminho da luz e busquei conhecimento. Sim, após me despir de vários preconceitos que eu carregava da época em que trabalhava na área criminal, sentei e me debrucei nos livros, artigos e plataformas para compreender o universo cripto. O meu início foi legal, mas poderia ter sido melhor se eu não tivesse ficado tanto tempo inerte por puro preconceito.
Sabe-se que grandes investidores institucionais e globais acreditam no potencial das moedas digitais e da Blockchain e, por isso, esses ativos devem crescer muito mais nos próximos anos. Então, não é tarde para você começar (caso ainda não esteja inserida nesse universo).
A ausência da mediação de terceiros cria o senso de confiança na comunicação direta entre as partes da transação. Inclusive, a moeda virtual já é uma realidade de investimento de grandes players como a Microsoft e a IBM.
Aliás, a cada ano que passa, além do aumento da popularidade, novas criptomoedas vão surgindo e atualizações são feitas em moedas já conhecidas no mercado.
Por isso, é importante ter em mente que à medida que o tempo passa, as criptomoedas estão se tornando mais presentes no cotidiano das pessoas ao redor do mundo todo.
Então, antes de te explicar alguns motivos pelos quais você precisa estar nesse Mercado, já te adianto: não é uma bolha. E pra você que está chegando agora, veja alguns conceitos básicos:
O que é criptomoeda?
É um tipo de dinheiro totalmente digital, que não é emitido por nenhum governo ou Banco Central (como é o caso do real ou do dólar).
A lógica da moeda digital é a mesma do dinheiro em espécie: permitir transações de compra e venda de bens e serviços.
Porém, com a criptomoeda, você pode transferir capital para outra pessoa em qualquer lugar do mundo sem precisar de um intermediário (banco, corretora, casa de câmbio, etc.).
As moedas digitais representam um código bem complexo que não pode ser alterado. As transações são protegidas por criptografia. Assim, como não há uma autoridade principal para validar, elas são registradas uma a uma por um grupo de pessoas que usam seus computadores em qualquer parte do mundo para gravá-las na Blockchain – são os chamados mineradores.
O Bitcoin (BTC), por exemplo, é a mais conhecida das moedas digitais, o primeiro sistema de pagamentos global totalmente descentralizado. Foi desenvolvido em 2008, em meio à crise financeira global iniciada no mercado americano de hipotecas, com o objetivo de substituir o dinheiro de papel (FIAT), além de excluir a necessidade de bancos para intermediar operações financeiras.
Qual a funcionalidade?
É meio de troca (como dinheiro), facilita transações comerciais, preserva poder de compra no futuro, ou seja, representa liberdade de pagamento.
Outra grande função das criptomoedas é sua utilização como alternativa de investimentos, já que os investidores começaram a enxergar que elas podem se tornar uma boa reserva de valor. Isso pode representar diversificação da carteira de investimentos.
Agora que já te expliquei alguns conceitos básicos e as funcionalidades, vamos aos motivos para estar no Mercado de Criptomoedas:
1. Segurança criptográfica forte
Uma tecnologia revolucionária, a blockchain é um banco de dados que permite que as pessoas interajam diretamente, fazendo transações P2P (pessoa a pessoa) sem a necessidade da figura de um banco central tradicional, por exemplo.
O sistema é distribuído e qualquer computador no mundo pode se tornar um nó da rede. Assim, não há um computador central para controlar as transações.
Todos os registros das transações são distribuídos pelos computadores da rede, tornando praticamente impossível ocorrer fraudes nas transações. E por meio de criptografia de dados, as transações realizadas são imutáveis e estão protegidas.
A Blockchain só permite incluir dados; não permite alterá-los – uma das características mais importantes na rede. E a validação das transações é feita com a concordância dos demais computadores (mais de 51% dos nós), ou seja, nenhum computador pode sozinho incluir dados na Blockchain. É a chamada “validação por meio de mecanismo de consensus”.
2. Transparência
Toda e qualquer operação na Blockchain pode ser verificada por qualquer usuário. Dessa forma, você consegue saber quais as transações que foram feitas, o que permite, inclusive, rastrear crimes financeiros. (Isso já derruba por terra todo aquele meu antigo preconceito, não é?).
3. Acessibilidade
Os pagamentos realizados com moedas digitais são processados com taxas baixas ou até isentas, o que demonstra maior acessibilidade. Diferentemente do sistema tradicional de bancos, em que muitas pessoas, por não comprovarem renda ou patrimônio, não possuem acesso.
No universo cripto, há cobranças caso os usuários desejem ter uma confirmação mais rápida das operações pelo sistema. Para a atividade de comércio em geral, há serviços baseados em Bitcoins em que o processamento das vendas e a transferência dos valores são realizados diariamente e com custos menores do que os dos métodos tradicionais.
Em resumo, em vez do dinheiro físico que é transportado e trocado no mundo real, os pagamentos em criptomoeda existem como entradas digitais em um banco de dados on-line que descreve as transações específicas. Ou seja, quando você transfere fundos de criptomoedas, as transações são registradas em um livro contábil público, que é a Blockchain.
Não existe um banco para retirar as criptomoedas e o trâmite para emissão e repasse é totalmente digital. Nenhum país ou região emite essas moedas: para conseguir uma delas é necessário passar pela mineração. Assim, a compra e venda é bem simples, feita pela internet.
E agora? Que tal direcionar parte do seu capital rumo ao “dinheiro do futuro no presente”?
Carol Daher.
De Brasília para Mulheres em Ação
Analista de investimentos CNPI-T, trader, mestre em Direito e Negócios Internacionais e fundadora da Mulher na Bolsa – a empresa que ensina a investir o seu dinheiro e recomenda investimentos inteligentes. É escritora apaixonada por aprender, ensinar e empreender, que vive com o escritório na mochila. Aquela que deixou a carreira jurídica para se dedicar ao Mercado Financeiro. CEO do próprio dinheiro.