A Moody’s surpreendeu ao elevar o rating do Brasil para Ba1, mantendo uma perspectiva positiva, apesar do cenário fiscal que o país enfrenta. Essa decisão inesperada reflete uma melhoria significativa no crédito, impulsionada por um crescimento econômico mais robusto do que o previsto e pelo avanço nas reformas fiscais e econômicas. No entanto, o aumento da dívida pública e os altos juros reais continuam a preocupar analistas e investidores.

A notícia chegou em um momento de incerteza, com o Brasil lutando para estabilizar sua dívida, que hoje beira os 82% do PIB. Para Solange Srour, diretora de macroeconomia do UBS Global Wealth Management, e Carlos Kawall, economista e sócio-fundador da Oriz Partners, o otimismo do mercado em relação ao controle da dívida pode ser exagerado. Srour ressalta que “o mercado está atento à dinâmica da dívida e ao uso de políticas parafiscais”, enquanto Kawall alerta para os riscos de uma projeção de estabilização que pode não se concretizar.

Compromisso pela melhora do rating do Brasil é gatilho de longo prazo

O lado positivo dessa reavaliação do rating está diretamente ligado às reformas estruturais que o governo tem implementado. Conforme o relatório, a instituição informou alguns desafio para os próximos 16 a 18 meses. Assim, alguns analistas afirmam que ao considerar mais um agente de olho nas medidas do país e o próprio interesse institucional para voltar tornar o pais com grau de investimentos é positivo.

Dessa forma, se as medidas se consolidarem o arcabouço fiscal poderá se tornar mais confiável. Ainda que a revisão dessa estrutura seja considerada moderadamente, pois acaba refletindo no custo da dívida.

Para investidores, este é um momento de reflexão e planejamento. Com o aumento da classificação de crédito, o Brasil pode se tornar um destino mais atraente para novos investimentos. Portanto, fique atento ao desenvolvimento das reformas econômicas e avalie a dinâmica da dívida pública. Esses fatores serão cruciais para entender o futuro econômico do país.

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