As tendências por um transporte mais limpo tem obrigado as montadoras a reduzirem seu extenso mapa de produção global de veículos. Os investimentos agora passarão a ser focados em fábricas localizadas em regiões mais competitivas; incluindo tanto as que podem produzir carros elétricos em alta escala como as que continuarão a produzir veículo.
O Brasil acaba por tornar-se vítima desse processo e isto se tornou evidente com a notícia de que a Ford vai encerrar sua operação industrial no país. Não existem mais por aqui os incentivos fiscais, que outrora atraíam essa indústria. Além disso, o câmbio desvalorizado pressiona os custos com componentes importados.
Há pouco mais de um mês, a Mercedes-Benz anunciou o fim da produção de automóveis no Brasil. A empresa alemã explicou que a fábrica brasileira, em Iracemápolis (SP), não tem condições de produzir carros elétricos sem um novo programa de investimentos.
O cenário para o setor, na nossa visão, ficaria mais positivo com a flexibilização das medidas de isolamento social, no entanto, a falta de estoques de peças ao redor do globo, somada ao fato de que as montadoras estão focando suas fábricas em regiões estratégicas pode acabar prejudicando o desempenho do setor no Brasil.
Impacto: Negativo. Acreditamos que a flexibilização das medidas de isolamento social beneficiam o setor no geral. No entanto, existe uma série de condições que desafiam as companhias no Brasil, como a limitação da oferta de peças no mundo, o fato de as montadoras estarem concentrando suas fábricas apenas em regiões estratégicas, o câmbio desvalorizado e a queda de incentivos fiscais na indústria.