Embora as expectativas de inflação não sejam altas, o progresso do FED para combatê-la permanece estagnado, trazendo preocupações significativas para os investidores. Após dados fortes do CPI e PPI, cresce o receio de que o BC americano poderá manter as taxas de juros no atual patamar por mais tempo.
Depois de uma luta de dois anos para controlar os preços, a teimosia persistente da inflação representa agora um risco crescente. Apesar de estar abaixo dos picos históricos de 2022, a taxa global de inflação ainda está acima das metas, sugerindo um ambiente de pressão contínua sobre os preços.
As recentes leituras dos indicadores de inflação superaram as expectativas, indicando uma possível “última milha” desafiadora para os esforços de contenção. A Universidade de Michigan mostrou que a expectativa de inflação em 1 ano segue em 3%, acima da meta do Fed. Dessa forma, analistas alertam que a falta de progresso na redução da inflação é mais preocupante do que os aumentos repentinos, minando a confiança dos investidores e dos bancos centrais.
Com isso, os títulos americanos (Treasuries) subiram e o dólar passou a ganhar força. O índice Dow Jones caiu 0,49%, aos 38.715,10 pontos. O S&P 500 recuou 0,65%, aos 5.117,05 pontos. E o Nasdaq perdeu 0,96%, aos 15.973,17 pontos. Por aqui, o Ibovespa seguiu o mau humor externo e retornou aos 126 mil pontos, uma vez que Vale (VALE3: -1,14%) sentiu a forte queda do minério de ferro.
A proteção ideal com o monstro da inflação no radar
O risco de uma recuperação significativa da inflação nos próximos meses é pequeno, mas a persistência da inflação em níveis elevados é uma ameaça iminente. Movimento que pode impactar o mercado emergente e comprometer o planejamento do Copom para a Selic terminal.
Segundo Bofa, a política monetária continuará contracionista pois mesmo com um corte para 10,75%, a taxa real de juros projetada para o ano deve permanecer acima de 6,5%, maior que os 4,5% que o BC considera como taxa neutra.
Os investidores enfrentam a possibilidade de que as expectativas de cortes nas taxas de juros sejam frustradas, resultando em impactos negativos nos mercados financeiros. No entanto, há maneiras de proteger seu portfólio da inflação persistente.
Viés de proteção e oportunidade
Investir em ações de commodities e de energia pode oferecer uma cobertura eficaz contra a inflação, bem como uma oportunidade para capturar ganhos no futuro. Além disso, considerar as recomendações dos FIIs pode ser uma estratégia prudente, aproveitando a manutenção dos dividendos e menor volatilidade do segmento.
Manter um portfólio diversificado é crucial. Ao incorporar diferentes estratégias para se adaptar às incertezas, você pode buscar aumentar sua reserva estratégia para alguma eventual queda mais agressiva do mercado.
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