Durante as primeiras semanas deste mês, as áreas de produção agrícola que tiveram os maiores acumulados de chuva no país foram a região Norte e o litoral do Nordeste. Já na região Sul, as chuvas ficaram mal distribuídas e no Centro-Oeste e Sudeste prevaleceu o tempo seco. A análise é da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgada no Boletim de Monitoramento Agrícola Cultivos de Verão e Inverno – Safra 2020/21.
O boletim traz informações sobre as condições agrometeorológicas e do comportamento das lavouras, em imagens de satélites e no campo, com o monitoramento das principais regiões produtoras de grãos, considerando os cultivos de verão e inverno. Para isso, conta com a colaboração do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e do Grupo de Monitoramento Global de Agricultura (GLAM).
Segundo a publicação, as irregularidades das chuvas na região Sul e a redução do armazenamento hídrico têm dificultado os tratos culturais e o desenvolvimento dos cultivos de inverno, principalmente nas lavouras em estádios mais avançados no norte do Paraná. No norte do estado praticamente não houve precipitação e no Rio Grande do Sul, com a má distribuição, a média diária do armazenamento hídrico no solo ficou abaixo do ideal. No entanto, em Santa Catarina o armazenamento hídrico ficou estável, favorecendo o desenvolvimento das lavouras.
A falta de precipitação também ocorreu no sudoeste do Mato Grosso do Sul, no centro-sul de São Paulo e no sul de Minas Gerais. Os níveis de umidade diminuíram ao longo do período e afetaram a evolução dos cultivos de inverno não irrigados, além da realização dos tratos culturais.
Por outro lado, a ausência de chuvas foi favorável a outros setores, como as operações de colheita da segunda safra do milho e do algodão, nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).
Em relação às geadas, a ocorrência durante a primeira quinzena de agosto foi menor e menos abrangente em comparação com o mês anterior. Houve episódios, sobretudo, no Rio Grande do Sul. No entanto, como a maior parte dos cultivos de inverno está em desenvolvimento vegetativo, praticamente não houve impacto nas lavouras.
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