Foto / Crescem usinas solares no sul do país.

Há uma semana o presidente brasileiro cumpriu a sua primeira agenda internacional, passando pela vizinha Argentina. Compra de gás, financiamento de gasoduto (pelo generoso BNDES), moeda comum para transações locais e até mesmo moeda única entraram na pauta oficial e no universo de especulações.

O próprio BNDES já possui instrumento semelhante ao da taxa transacional que teria a moeda comum, mas não o utiliza, chama a atenção Gustavo Guerses (diretor de planejamento do Portal Acionista e especialista em investimentos). Em sua avaliação, se já é difícil uma moeda comum, uma eventual moeda única – como se comentou também, pela mídia, nesses dias – é muito difícil de acontecer.

“Para se pensar em moeda única é preciso um Banco Central novo, consenso de valor entre as atuais moedas dos países envolvidos etc”, diz Guerses.

Já o economista Célio Fernando de Melo, vice-presidente da Apimec Brasil (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais), diz que moeda única pode ser uma boa ideia – “O mundo deveria ter moeda única!” – mas não para agora. “As diferenças entre as nações e a forma como cada um pensa em soberania pode ser um indicio da dificuldade de implementar uma moeda única. Moeda tem preço chamado juros. Mesma moeda pressupõe mesma taxa de juros”, ilustra Célio Fernando. Não custa lembrar que o Brasil teve inflação de 5,79% durante o ano de 2022, enquanto a Argentina teve 5,1% só em dezembro, com índice de 95% no ano.

O professor Pedro Carvalho de Mello, da Strong Business School, joga água na fervura ao observar que a comparação entre Mercosul e União Europeia, para efeitos de moedas, não tem sentido. “Quando se examina o Mercosul, no atual contexto de seus países, vemos que existem forças de desintegração e de integração presentes ao mesmo tempo. Com efeito o benefício do tamanho do mercado depende do regime de comércio: países pequenos são viáveis em regimes de livre comércio, enquanto países grandes podem seguir políticas protecionistas e erguer barreiras tarifárias”, conclui.

Recorde-se também que o ministro da Economia do governo anterior, Paulo Guedes, levantou essa lebre, mas a discussão não evoluiu. Há uma espécie de resistência velada de parte dos brasileiros. A Coluna procurou ouvir três empresários de destaque, cujas companhias são exportadoras. Resultado: um deles se desculpou, gentilmente, porque estava em viagem, e os outros dois sequer sinalizaram com o sim ou não para entrevista.

Resumo da ópera – no pensamento do bem humorado Célio Melo: se não há consenso para decidir entre Pelé e Maradona quanto à coroa de rei, que dirá uma integração monetária.

ESG

Em meio à discussão da moeda comum, Gustavo Guerses suscitou uma questão fundamental, que passa por dentro das práticas ESG, sobretudo no quesito transparência (em Governança). É a posição das companhias privadas.

MAROLA

O ministro Fernando Haddad, da Fazenda, deverá insistir na moeda comum (descartando a ideia da moeda única, que poderá ficar restrita ao discurso de campanha do presidente argentino), em formato digital, utilizada apenas em trocas comerciais para reduzir a dependência do dólar.

Falta ainda “combinar com os russos”, como diria Mané Garrincha, mas o assunto ainda vai render, pois ainda não estão suficientemente claros os parâmetros de uma moeda comum.

ETFs

Em 2022, a B3 registrou 92 milhões de negócios com ETFs (os Fundos de Índices), que movimentaram uma média de R$ 1,489 bilhão por dia. Do universo de 536 mil investidores no produto, quase 532 mil são pessoas físicas.

Lembrando que os ETFs podem ser negociados como uma ação e o investidor interessado nesta modalidade deve procurar sua corretora para começar a investir no produto.

SEGUROS

A B3 (Brasil, Bolsa, Balcão), que também opera com seguros, alcançou a marca de 1 bilhão de registros de transações de seguro. Maior registradora do país, a Bolsa do Brasil é credenciada e homologada pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) para operar o Sistema de Registro de Operações por meio da plataforma InsurConnect.

“O processo estimulado pela Susep é fundamental para acelerar a digitalização e eficiência do mercado. A marca de 1 bilhão de registros mostra um amadurecimento do setor”, diz Ícaro Demarchi Araujo Leite, superintendente de Produtos de Seguros da B3.

EMBRAER

A Embraer anunciou, na última sexta-feira, investimento inicial de R$ 20 milhões no MSW MultiCorp 2, visando atrair e impulsionar startups brasileiras que tenham sinergia com a estratégia de inovação da empresa.

“Nossa missão é cocriar o futuro da Embraer, das investidas e do ecossistema por meio de uma inovação pensada em conjunto. Desta forma, buscamos, via Embraer Ventures, alavancar a estratégia de inovação da companhia”, justifica Daniel Moczydlower, Head de Inovação da Embraer e CEO da Embraer-X.

SOLAR 1

A Portonave, de Navegantes(SC), concluiu a instalação de 188 placas de energia solar no Espaço de Convivência dos profissionais, chamando a atenção de quem passa pela cidade por sua arquitetura moderna. O sistema fotovoltaico garante a geração de, no mínimo, 10.600kWh/mês da energia do edifício, equivalente a 30% do total, capaz de atender o consumo mensal de 41 casas localizadas na região do Sul do Brasil.

Essas iniciativas estão alinhadas às práticas ESG (Ambiental, Social e Governança, em inglês), assim como a eletrificação dos 18 Rubber Tyred Gantry (RTGs), guindastes com pneus de borracha, em português, gerando uma redução de 96,5% no consumo de diesel desses equipamentos.

Os últimos investimentos do Terminal foram a empilhadeira ecológica, que reduz em 40% a emissão de gases de efeito estufa, e a substituição de transpaleteiras e empilhadeiras da câmera frigorífica – Iceport e Armazém Portonave, por equipamentos com baterias de lítio

SOLAR 2

A Lojas Pompéia, uma das tradicionais marcas de moda do Sul do país, e a EDP, empresa que atua em todos os segmentos do setor elétrico no Brasil, inauguraram duas usinas fotovoltaicas em Santa Margarida do Sul (RS). O empreendimento tem capacidade instalada total de 1,25 MWac e vai gerar cerca de 2.798 MWh de energia renovável por ano para abastecer 44 das 87 lojas da marca por 10 anos.

As usinas representam um importante passo na estratégia de sustentabilidade da Lojas Pompéia, que deixará de emitir quase 900 toneladas de CO2 por ano com o consumo de energia renovável em mais de 50% de suas operações.

ÁGUA
Assim como os contribuintes precisam declarar sua renda anualmente, os usuários de recursos hídricos com outorga de direito de uso precisam informar, de 1º até 31 de janeiro de cada ano, os volumes mensais de água utilizados no ano anterior. Para isso, é preciso preencher a Declaração Anual de Uso de Recursos Hídricos (DAURH).

Esta Declaração é um documento oficial obrigatório que possibilita a ANA conhecer a real demanda de usos de água e melhorar a gestão deste uso na bacia hidrográfica. Portanto, o envio da Declaração após o prazo definido pode acarretar multas e demais penalidades previstas na Política Nacional de Recursos Hídricos, adverte o Ciesp de Campinas (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo). Usuários deverão acessar o portal da ANA pelo link  https://www.snirh.gov.br/usuariosderecursoshidricos/declaracao-anual-de-uso-de-recursos-hidricos-daurh/declaracao-anual-de-uso-de-recursos-hidricos-daurh?utm_source=akna&utm_medium=email&utm_campaign=Declaracao-Anual-de-Uso-de-Recursos-Hidricos-DAURH-para-os-usuarios-dos-rios-Piracicaba-Camanducaia-Jaguari-e-Atibaia-PCJ

PRAIAS

Em pleno Verão, as praias ganham ainda mais holofotes. Pegando carona na estação, a Drogaria Venâncio deflagrou a campanha “Aqui é Verão”, alertando a todos que aproveitem o sol e a praia de forma segura e consciente. Os chamados “pimentões”, de sua campanha, estrearam no fim de semana nas praias da Barra da Tijuca e do Recreio dos Bandeirantes, impactando visualmente cerca de 4 mil pessoas. Próxima parada é Ipanema e Copacabana.

Além da distribuição de amostras grátis de protetor solar, foram ofertados 180 saquinhos de lixo biodegradáveis e mais de 90 pulseirinhas de identificação para crianças. “Promovemos a campanha de prevenção ao câncer de pele e, em conjunto, queremos alertar sobre a segurança das crianças durante o passeio e sobre a limpeza das praias. A ideia é conscientizar sobre saúde, segurança e sustentabilidade em uma ação integrada e diferenciada”, afirma Walace Siffert, diretor comercial da empresa, destacando que a Comlurb vem alertando sobre a enorme quantidade de lixo coletado nas praias aos fins de semana, tendo contabilizado 610 toneladas de resíduos deixados pelos banhistas nas areias em apenas 2 dias.

“S” EM DESTAQUE

Na última semana de dezembro, 250 empregados da DB Schenker, uma das líderes globais do mercado de soluções logísticas multimodais, estiveram envolvidos em corrida pelas ruas de São Paulo. Trata-se da etapa final de um percurso que começou em junho, também na capital paulista, passando por Campinas, Curitiba e Porto Alegre. A ação faz parte das comemorações dos 150 anos da empresa, e busca incentivar a equipe da multinacional a repensar seus hábitos de vida. É o “S” (social) do ESG literalmente em ação.

 A empresa gerou oportunidades para que os empregados adotassem o autocuidado como combate ao sedentarismo, incentivando as pessoas a cuidar mais de si e ter uma vida melhor. Estimativa da Universidade de São Paulo (USP) é que cada dólar gasto em programas desse modelo gere US$ 2,7 de retorno à empresa.

O projeto, de acordo com a DB, surgiu com a proposta de contemplar a saúde e o bem-estar em vários aspectos, com rodas de conversa, atendimento psicológico e caminhadas em parques. Como parâmetro, uma estimativa publicada pela revista de medicina Lancet, mostrou que a inatividade física custa à economia global US$ 68 bilhões, todo ano. Portanto, ainda que seja por economia vale a pena investir em tais programas.

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