INTERNACIONAL: Mercados mistos monitoram disputa EUA-China

S&P futuro tem leve baixa depois que autoridades chinesas disseram a empresas para interromperem a importação de alguns produtos agrícolas americanos, aumentando o risco de ampliar as tensões entre EUA e China, enquanto as bolsas europeias sustentam alta com retomada econômica dos países da região. Moeda americana se enfraquece após discurso de Trump na sexta não trazer medidas específicas contra a China; apesar de criticar Pequim pela lei de segurança em Hong Kong. Mercado se prepara para agenda forte, destacando os dados de americanos na sexta; que podem mostrar que o desemprego subiu para 19,6% em maio, o maior desde a década de 1930. Petróleo tem leve baixa, mas sustenta patamar de US$ 35; metais sobem em Londres e minério de ferro mantém alta, com a tonelada do produto físico superando os US$ 100 na sexta diante de receios sobre oferta do Brasil. Protestos se espalham por cidades dos EUA que ainda se recuperam do isolamento.

ECONOMIA/PODER: Protestos ampliam tensão

• O presidente Jair Bolsonaro tem de se manifestar em ação no TSE que pede a cassação de sua chapa eleitoral. Estados e municípios devem receber parte da ajuda de R$ 60 bilhões da União. Termina esta semana o prazo de desincompatibilização para quem deseja concorrer nas eleições municipais.(Arko Advice)
• A polarização política entre bolsonarismo x anti-bolsonarismo ganhou às ruas nesse domingo (31). Em Brasília (DF), ocorreu a tradicional manifestação de apoio ao presidente Jair Bolsonaro. O ato, ocorrido em frente ao Palácio do Planalto, foi mais expressivo que o da semana passada. A novidade ficou por conta dos protestos na Avenida Paulista, em São Paulo. De um lado da avenida, foi realizado um ato por torcidas organizadas dos quatro grandes times de futebol de SP: Gaviões da Fiel (Corinthians), Mancha Vede (Palmeiras), Torcida Independente (São Paulo) e Torcida Jovem (Santos). Os manifestantes se vestiram de preto e realizam gritos de guerra em favor da democracia. Do outro lado da avenida, estavam concentrados, de verde e amarelo, a base social que apoia Bolsonaro.(Arko Advice)
• Em mais um gesto de aproximação do Palácio do Planalto com o Centrão, o presidente Jair Bolsonaro vai entregar o comando do Banco do Nordeste a um nome indicado pelo PL, partido liderado pelo ex-deputado Valdemar Costa Neto, condenado no mensalão. A decisão contraria declaração do próprio presidente, que na quinta-feira admitiu a negociação de cargos em segundo e terceiro escalão para obter apoio político, mas negou existir qualquer tratativa para entrega de ministérios, bancos públicos ou empresas estatais. (Estadão)
• Com a dificuldade de empresas obterem empréstimos nos grandes bancos e o fracasso da linha de crédito criada para União para pequenas e médias afetadas pelas medidas de contenção do coronavírus, diferentes setores da economia resolveram dar ideias ao governo. (O Globo)
• O anúncio do presidente Donald Trump de que pretende reunir uma espécie de G10 ou G11, sem mencionar o Brasil, marca retrocesso constrangedor da posição brasileira na governança global, uma espécie de rebaixamento para a 2ª divisão da ordem internacional. (Valor)

EMPRESAS: GPA conclui venda de 5 imóveis por R$ 190,5 milhões

BRASILAGRO (AGRO3) SLC AGRÍCOLA (SLCE3) RUMO (RAIL3): Em meio à pandemia, o setor agrícola colherá neste ano um dos melhores resultados da história no país. Levantamento da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA) revela que o Valor Bruto da Produção, de R$ 728,6 bilhões, será 11,8% superior ao de 2019, a maior cifra até então. O resultado reflete alta do dólar e a manutenção de ‘preços firmes’ das commodities no mercado internacional, que tiveram aumento de demanda no pós-covid. “O dólar alto e os preços firmes das commodities beneficiaram a agricultura”, disse Renato Conchon, coordenador econômico da CNA. A entidade prevê que o PIB nacional caia 5,8%, previsão que ainda pode ser revista para um número maior.

Bloomberg: O governo da China determinou que grandes estatais do país suspendam importações de produtos agrícolas dos EUA, incluindo as de soja, enquanto Pequim avalia a recente escalada nas tensões entre americanos e chineses, segundo fontes com conhecimento do assunto. Encomendas de carne suína dos EUA também foram canceladas, afirmou uma das fontes.

COSAN (CSAN3): A Cosan encerrou o primeiro trimestre de 2020 com lucro líquido de R$ 102,2 milhões, um número 74,2% menor que os R$ 395,7 milhões apurados no mesmo período do ano passado. O Ebitda também foi apresentado pela empresa nos critérios reportado e ajustado. No primeiro, o número ficou em R$ 1,982 bilhão entre janeiro e março, alta de 36,7% na comparação interanual. A receita líquida da companhia cresceu 7,2% no primeiro trimestre, na comparação anual, para R$ 18,285 bilhões. A Cosan investiu R$ 933 milhões no primeiro trimestre, contra R$ 920,6 milhões na mesma base comparativa, um crescimento de 1,3%. Além disso, a empresa queimou R$ 556,3 milhões em caixa entre janeiro e março, ante geração de R$ 1,712 bilhão no mesmo período de 2019. A dívida líquida aumentou 5,8% nos três primeiros meses do ano, para R$ 12,276 bilhões. Assim, a alavancagem da Cosan, medida pela relação dívida líquida/Ebitda, chegou a 1,9 vez no período, contra 2 vezes no primeiro trimestre de 2019.

ELETROBRAS (ELET3 / ELET6): A retirada da Eletropar do Plano Nacional de Desestatização (PND) por decreto no mês passado tem por objetivo agilizar a venda das participações da empresa, e não utilizar a companhia para reter os ativos que não serão vendidos na capitalização da Eletrobras, esclareceu o presidente da estatal, Wilson Ferreira Jr. Segundo ele, a venda de participações da Eletropar fazem parte dos ajustes financeiros da Eletrobras para sua capitalização, e será feita quando os valores de mercado forem retomados, após a crise causada nos preços das empresas por conta do novo coronavírus (Covid-19).

PETROBRAS (PETR4): A Petrobras informou nesta sexta-feira a conclusão da venda de sete campos de produção terrestres na Bacia de Potiguar, no Rio Grande do Norte. A SPE 3R Petroleum, subsidiária da 3R Petroleum, pagou R$ 676,8 milhões pelos ativos. A 3R Petroleum é voltada à revitalização de campos maduros. A produção total atual de óleo e gás desses campos é de cerca de 5 mil barris de óleo equivalente por dia. O Polo Macau engloba os campos de Aratum, Macau, Serra, Salina Cristal, Lagoa Aroeira, Porto Carão e Sanhaçu. A Petrobras detinha 100% de participação em todas as concessões, com exceção de Sanhaçu, na qual era dona de 50%. De acordo com a petrolífera, a venda “está alinhada à estratégia de otimização de portfólio e melhoria de alocação do capital da companhia, passando a concentrar cada vez mais os seus recursos em águas profundas e ultra-profundas, onde a Petrobras tem demonstrado grande diferencial competitivo ao longo dos anos”.

PÃO DE AÇÚCAR (PCAR3): O GPA informou que concluiu a venda de cinco imóveis da companhia para a TRX Gestora de Recursos, por R$ 190,48 milhões. A operação faz parte de um contrato, divulgado no início de março, em que a TRX se comprometeu a adquirir 43 lojas do GPA, no valor total de R$ 1,25 bilhão. O contrato garante a manutenção da locação dos imóveis ao próprio GPA. No fato relevante divulgado, o GPA informa que na verdade fazem parte da negociação 42 lojas – um imóvel ficou fora da lista por não ter valor relevante para o volume total. Sendo assim, ainda faltam 37 imóveis para concluir a negociação. Essa primeira leva é composta por quatro lojas da bandeira Assaí (em Dourados-MS, Jequié-BA, Paulo Afonso-BA e Bauru-SP) e um da bandeira Pão de Açúcar (Teresina-PI). De acordo com o GPA, os contratos de locação dos imóveis têm valor médio de R$ 25,71/m², com taxa de capitalização de 7,35%.

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