Bottom line:
- As vendas no varejo de novembro cairam mais do que o esperado pelo mercado, recuando -1.1% no mês (esperado: -0.3%).
- Nota-se o segundo mês consecutivo de variação negativa do grupo de controle (-0.5%), o que coloca perspectiva negativa para consumo no PIB.
- Para frente, vemos como vetores positivos a perspectiva da vacinação em massa bem como as notícias em torno de mais estímulo fiscal. Por outro lado, a manutenção de índices elevados de contaminação segue como risco.
Comentário:
As vendas no varejo de novembro cairam mais do que o esperado pelo mercado, recuando -1.1% no mês (esperado: -0.3%).
Leituras subjacentes tiveram variação negativa apesar da expectativa de leve crescimento. Note-se especificamente o grupo de controle, que caiu -0.5% (esperado: 0.2%; anterior: 0.1%). Soma para o quadro negativo do índice a revisão nos números anteriores.
Por dentro do índice, destaque positivo para o avanço de materiais de construção, que cresceram a uma taxa de 1.13% no mês, maior avanço em três meses. No YoY, esta abertura registra avanço de 18.74%. Os outros grupos a apresentarem variação positiva foram alimentos (+1.6%) e non-store retailers.
Por aberturas subjacentes, nota-se o segundo mês consecutivo de variação negativa do grupo de controle (-0.5%), o que coloca perspectiva negativa para consumo no PIB.
Em suma, o número reflete novamente a perspectiva de que o aumento da incerteza decorrente da pandemia impacta na decisão dos consumidores. De certa forma, a evolução do índice de confiança do consumidor medido pela Universidade de Michigan já antecipou este movimento.
Para frente, vemos como vetores positivos a perspectiva da vacinação em massa bem como as notícias em torno de mais estímulo fiscal. Por outro lado, a manutenção de índices elevados de contaminação segue como risco.
Felipe Sichel
Estrategista do banco digital modalmais
Fonte: https://www.modalmais.com.br/blog