Começamos o dia com nervos à flor da pele no cenário externo. Ontem, tivemos ataques rebeldes contra instalações de petróleo em Abu Dhabi (com mortes), e o pano de fundo segue sendo as tensões entre Rússia e Ucrânia. Mas também temos tensão interna com servidores e a covid-19 espalhada pelo mundo.

Ontem foi um dia atípico para os mercados, com forte perda de liquidez por conta do feriado de Martin Luther King, nos EUA, que deixou mercados fechados. A Bovespa encerrou com queda de 0,52%, aos 106.373 pontos, dólar em alta de 0,24%, cotado a R$ 5,527, Bolsas da Europa em boa alta e futuros dos EUA com comportamento misto.

Hoje, mercados da Ásia terminaram o dia com quedas, exceção para Xangai, com +0,80%. Bolsas da Europa começando o dia com boas quedas e futuros do mercado americano no campo positivo neste início de manhã. Aqui, seria importante não perder o patamar de 105.000 pontos do Ibovespa, sob pena de vir buscar a faixa de 104.000 pontos.

Investidores no mundo sob tensão, além da possibilidade de mudanças na política monetária de países desenvolvidos, consequente estreitamento da liquidez afetando principalmente países emergentes, mas também adiando recuperação mais forte. 

Nesse clima de tensão, tropas russas chegaram até Belarus na fronteira da Ucrânia para exercícios militares, enquanto a OTAN adverte que pode mandar tropas para o leste europeu. Já o BOJ (BC japonês) manteve a política monetária estabilizada, o que significa juros de depósitos de -0,10% e taxa de juros dos títulos JGB de 10 anos próxima de zero, e o presidente do BOJ, Kuroda, indica que só vai mexer nos juros quando a inflação apontar para 2%, que é a meta a ser atingida.

Na Alemanha, o índice Zew de expectativas econômicas subiu em janeiro para 51,7 pontos, de previsão de ficar em 32,5 pontos. Já a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) computou que a taxa de desemprego dos países membros encolheu para 5,5% em novembro, de anterior em 5,7%.

No mercado internacional, o petróleo sobe forte neste início de manhã, com o WTI negociado em NY com +1,65% e barril cotado a US$ 85,20. O euro era transacionado em leve queda para US$ 1,14 e notes americanos com juros em alta nos títulos de 10 anos com 1,82%. O ouro e a prata com quedas na Comex, e commodities agrícolas com comportamento misto na Bolsa de Chicago.

No segmento doméstico, servidores de mais de 40 categorias vão para as ruas hoje em movimento por reajuste de salários, enquanto Bolsonaro dobra as apostas e quer incluir mais classes de servidores (PMs e bombeiros, por exemplo), em busca de votos nas eleições e, com isso, traz mais preocupação sobre o quadro fiscal. Já o Rio de Janeiro tem reunião hoje com o ministro Paulo Guedes para tentar reverter decisão de excluir do regime de recuperação fiscal.  

Na agenda do dia, teremos balanços de bancos do quarto trimestre sendo divulgados, leilões de títulos NTN, LFT e swap, o índice de atividade de NY de janeiro e a confiança dos construtores NAHB.

Expectativa para o dia de Bovespa fraca (mas Petrobras pode mudar isso com alta do petróleo no mercado), dólar mais forte e juros em alta.

*Análise de Alvaro Bandeira, economista-chefe do banco digital Modalmais

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