Semana começa diante de fortes tensões e deixa mercados sujeitos à volatilidade

Na semana passada os mercados de risco já tinham atuado diante de grande volatilidade e a Bovespa acabou sendo salva pelo feriado que foi de enorme tensão no exterior e recuperação na sexta-feira, reduzindo as perdas locais. Na semana anterior, a Bovespa encerrou com queda acumulada de 1,94% e índice em 92.795 pontos, o Dow Jones perdeu 5,55% e Nasdaq com -2,30%. O dólar encerrou a semana com valorização de 1,04% e cotado a R$ 5,04%.

A nova semana começando com tensões ainda maiores diante da possibilidade de segunda onda de contágio pela covid-19 em diferentes países como EUA, China, Japão, Itália e dados de conjuntura piores que o previsto, anunciados durante a madrugada na China. Além disso, temos as relações diplomáticas tensas entre China e EUA que tendem a acelerar em plena época de campanha de Trump e perdendo nas pesquisas para Joe Biden.

Aqui, semana lotada de julgamentos importantes pelo STF e TSE, Congresso também com votações importantes como a MP 936 de reajustes de servidores e vetos do presidente, e tendo ainda que repercutir a próxima saída do secretário do Tesouro Mansueto de Almeida, grande fiador do teto de gastos e controlador da chave do cofre.

Hoje mercados fecharam em queda nas principais Bolsas asiáticas, quedas superiores a 1% nos principais mercados da Europa e perdas de igual tamanho nos futuros do mercado americano. Aqui seria bom não perder o patamar de 88 mil pontos do Ibovespa, mas o ADR da Petrobras perdia 5,8% no pré-mercado americano e o principal ETF do Brasil (EWZ) tinha queda de 3,8%.

No final de semana, a mídia divulgou com destaque a volta da covid-19 que já tínhamos alertado na semana passada e isso prejudica a reabertura e recuperação das economias, ao mesmo tempo, em que vai exigir mais estímulos de governos e bancos centrais.

Na China tivemos a divulgação de uma bateria de dados de conjuntura, que vieram piores que o previsto. A produção industrial em base anualizada cresceu 4,4% em maio, vindo de alta de 7,9% no mês anterior e previsão de +5%. As vendas no varejo com queda de 2,8%, de previsão de -2% e investimentos em ativos fixos com queda nos cinco meses de 6,3%, quando o previsto era -6%. As vendas de imóveis novos é que veio melhor que o previsto, mas mostrou contração de 8% nos cinco meses de 2020.

Na zona do euro, as exportações encolheram 24,5% e as importações com -13%, redundando na queda forte do superávit comercial para 1,2 bilhão de euros, de mês anterior com 25,5 bilhões de euros. Foi a maior queda da série histórica. No mercado, o petróleo WTI negociado em NY mostrava queda de 1,54%, com o barril cotado a US$ 35,70. O euro tinha leve queda para US$ 1,125 e notes americanos com juros em 0,70%. O ouro e a prata negociados com quedas na Comex, commodities agrícolas em queda na Bolsa de Chicago e minério de ferro na China também em contração de 1,50% e tonelada em US$ 103,44.

Aqui, investidores vão repercutir a próxima saída de Mansueto de Almeida do Tesouro Nacional, mas depende muito do novo indicado para o cargo e que terá árdua missão. O ministro Dias Toffoli acionou a PGR, a Polícia Federal, o ministro Alexandre de Moraes e o governo do DF para investigar os ataques do final de semana com foguetes ao STF no final de semana. Mas isso é só o começo de uma semana de Copom e IBC-Br, vencimentos de derivativos na B3 (opções hoje e índice na quarta-feira, julgamentos, discursos de vários dirigentes do FED e apresentação de Jerome Powell no Congresso americano.

Nossa expectativa é de Bovespa em queda, dólar em alta e juros, principalmente os vencimentos mais longos, em alta.

Alvaro Bandeira
Sócio e economista-chefe do banco digital Modalmais
Fonte: www.modalmais.com.br/blog/falando-de-mercado

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