Bottom line:

  • A confiança do consumidor medido pela Universidade de Michigan subiu para 81.2 na leitura preliminar de outubro (esperado: 80.5; anterior: 80.4).
  • Relevantemente, houve aumento na expectativa de vitória de Biden entre todos os pesquisasdos se comparado ao período julho-setembro (pergunta extra adicionada ao survey). 
  • A passagem da incerteza com a eleição deveria ser net positivo para o índice, bem como a perspectiva de blue wave e seu impacto sobre a projeção de mais estímulo fiscal. Ainda assim, mantemos nosso pressuposto de trabalho que o fator COVID-19 (e a incerteza associada a causas/curas/trajetória da doença) seguirá como fator predominante sobre a dinâmica da confiança do consumidor no médio prazo.

Comentários:

A confiança do consumidor medido pela Universidade de Michigan subiu para 81.2 na leitura preliminar de outubro (esperado: 80.5; anterior: 80.4). A melhora no índice foi fruto de avanço na parte das expectativas acima do esperado, enquanto as condições correntes caíram (ante expectativa de avanço).

A melhora nas expectativas foi causada pela expectativa de aumento da renda ao longo do próximo ano e também a perspectiva mais disseminada que a melhora na renda irá superar o avanço da inflação. Ao mesmo tempo, a perspectiva de perda de trabalho seguiu na tendência decrescente observada ao longo dos últimos três meses. A percepção para a economia nacional ao longo do próximo ano também avançou.

Em termos de expectativa de inflação, vemos novo avanço na expectativa de um ano, enquanto a média de 5-10 anos cai 0.3% para 2.4%.

Apesar da melhora observada ao longo das últimas quatro leituras, o índice de confiança do consumidor permanece consideravelmente abaixo do que prevalecia pré-crise (fev/2020: 101).

A passagem da incerteza com a eleição deveria ser net positivo para o índice, bem como a perspectiva de blue wave e seu impacto sobre a projeção de mais estímulo fiscal. Ainda assim, mantemos nosso pressuposto de trabalho que o fator COVID-19 (e a incerteza associada a causas/curas/trajetória da doença) seguirá como fator predominante sobre a dinâmica da confiança do consumidor no médio prazo.

Felipe Sichel
Estrategista do banco digital modalmais
Fonte: https://www.modalmais.com.br/blog

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