O dia está sendo novamente positivo para os mercados de risco em todo o mundo, muito por conta da avaliação mais otimista sobre a variante Ômicron da covid-19, e também por dados anunciados na China. Isso mexe também com as commodities.

Ontem, o dia foi bastante positivo para os mercados acionários no mundo, com a Bovespa registrando alta de 1,70% e índice fechando em 106.858 pontos, mas esbarrando na casa de 107.500 pontos. O dólar encerrou cotado em R$ 5,69, o Dow Jones com +1,87% e Nasdaq com +0,93%, depois de ter aberto em boa queda.

Hoje, o otimismo e o apetite ao risco estão novamente presentes e mercados voltam a mostrar força. Na Ásia, o encerramento do dia foi em alta reverberando mercados de ontem. O movimento continua neste início de manhã na Europa (e até maior), e mercados americanos também estão com desempenho positivo. Aqui, mesmo considerando as encrencas com os precatórios ainda sem definição, o dia deve ser positivo para a Bovespa, se conseguir passar o patamar de 107.000/108.000 pontos, ganhando maior tração. Essa pontuação do Ibovespa não era atingida desde o início de novembro.

Na China, o saldo da balança comercial de novembro mostrou superávit de US$ 71,7 bilhões (previsão era US$ 82 bilhões), fruto de exportações em alta de 22% e importações com +31,7%. Mas ainda prevalecem por lá os problemas com as incorporadoras não pagando dívidas, e o governo tenta contornar com ajuda na política monetária. Na Austrália, o banco central manteve juros estáveis em 0,10%.

Na Alemanha, a produção industrial de outubro expandiu 2,8% e, contra igual período de 2020, ficou com contração de 0,6%. Lá, o índice Zew de expectativa econômica de novembro encolheu para 29,9 pontos, vindo de 31,7 pontos, mas com previsão de ficar em 25 pontos (pior). Na zona do euro, o PIB do 3º trimestre na última leitura teve expansão de 2,2% e, na África do Sul, o 3º trimestre mostrou contração de 1,5%.

No mercado internacional, o petróleo WTI, negociado em NY, tem nova e forte alta de 2,79%, com o barril cotado a US$ 71,43 (Aramco elevou preços ontem). O euro era transacionado em queda para US$ 1,127 e notes americanos de 10 anos com taxa de juros de 1,45%. O ouro mostrava queda e a prata com alta na Comex, e commodities agrícolas com desempenho positivo na Bolsa de Chicago.

No segmento doméstico, a FGV anunciou o IGP-DI de novembro com deflação de 0,58% (anterior em +1,60%), acumulando alta no ano de 16,28% e, em 12 meses, +17,16%. O IPA agrícola com -1,71% e o industrial também com -0,93%. Matérias-primas brutas com -6,40%.

A PEC dos precatórios segue sem definição e muitas discussões na Câmara e no Senado. A reunião entre Rodrigo Pacheco e Arthur Lira terminou sem declarações à imprensa, o que não é bom sinal. A ministra Rosa Weber, do STF, recuou e liberou a execução do orçamento secreto, pelo menos temporariamente. Já Bolsonaro tirou a Casa da Moeda do programa de privatização. A CVM já abriu três processos desde o mês de outubro por conta de declarações de Bolsonaro sobre a Petrobras.

Na agenda do dia, teremos nos EUA o anúncio do saldo comercial de outubro e dados do mercado de trabalho no terceiro trimestre. Durante a noite, o Japão divulga o PIB do trimestre encerrado em setembro.

Expectativa para o dia de Bovespa podendo seguir exterior em alta, dólar ainda pressionado, mas podendo realizar, e juros em queda. Começa hoje a reunião do Copom que amanhã define a taxa Selic, que deve atingir 9,25%, com alta de 1,5%.

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