Ontem foi dia de novo recorde intraday para o índice Dow Jones americano e a Bovespa com alta de 1,63%, com índice já na casa dos 106.429 pontos, um pouco abaixo da máxima do dia e em pregão de exercício de opções, que atingiu R$ 14 bilhões.

O acordo do Pacífico envolvendo 15 países, potencial de comércio de US$ 26 trilhões e cerca de 30% do PIB global, mostra a grandiosidade atingida. O anúncio da vacina produzida pela farmacêutica Moderna com 94,5% de eficácia e petróleo em alta no exterior com possibilidade de acordo da OPEP+, também ajudaram no quadro positivo dos mercados.

Hoje, os mercados da Ásia terminaram o dia com comportamento misto e pouca variação, Europa começando o dia em queda, mas já afastada das mínimas, enquanto os mercados americanos também apresentam um comportamento misto. Aqui, há espaço para buscar objetivo em 110.000 pontos nas próximas sessões, mas vamos precisar de bom comportamento do exterior e continuidade do fluxo de recursos canalizado para a B3, com os estrangeiros já aportando, até 12/11, R$ 16,7 bilhões, o que é certamente muito positivo.

Hoje, investidores preocupados no mundo com a possibilidade de duplo mergulho da economia no quarto trimestre, liderado pela Alemanha, com lockdown em diferentes países, por conta da pandemia em sua segunda onda. Já nos EUA, o presidente eleito Joe Biden disse que terá plano tributário que garantirá que os mais ricos paguem imposto justo.

Na Itália, foi aprovado orçamento de 38 bilhões de euros para combater a crise. No mercado internacional, o petróleo WTI negociado em NY mostrava alta de 0,12%, com o barril cotado a US$ 41,39. O euro era transacionado em alta para US$ 1,187 e notes americanos de 10 anos com taxa de juros de 0,89%. O ouro tinha alta e a prata queda na Comex, enquanto as commodities agrícolas apresentavam comportamento de alta na Bolsa de Chicago.

Aqui, o BNDES com a venda de ontem de ações da Vale de R$ 2,5 bilhões, acumula desinvestimentos em 2020 de R$ 45 bilhões. O IPC da Fipe, da segunda quadrissemana de novembro, mostrava desaceleração para 1,12%, contra anterior em 1,16%. O ex-presidente do Bacen, Ilan Goldfajn, disse que o Brasil gastou mais do que podia e a política monetária se ressente disso.

Do lado político, o vice-presidente Hamilton Mourão parece falar língua diferente de Jair Bolsonaro expondo divergências. Mourão diz que quem for participar da tecnologia 5G deve respeitar nossa soberania e ter preço competitivo. Também disse que as reformas são necessárias e deveriam avançar. Lembrou que no Brasil vacinação é obrigatória e a legislação ambiental é abrangente, mas precisa ser cumprida.

No mercado a expectativa é que a Bovespa possa seguir trilha de recuperação, mas está difícil com o comportamento externo, dólar e juros com viés mais fraco, com a possibilidade de o Bacen intervir no câmbio, caso fique disfuncional.

Alvaro Bandeira
Sócio e economista-chefe do banco digital Modalmais
Fonte: www.modalmais.com.br/blog/falando-de-mercado

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