O viés dos mercados de risco na sessão de hoje ainda foi positivo, porém com investidores indecisos quanto ao comportamento de curto prazo dos mercados. No geral, todos muito preocupados com a duração da crise e, principalmente, como seria a saída do pós-pandemia. Resultado Bolsas da Ásia com comportamento misto, Bolsas da Europa no campo negativo e mercados americanos e Bovespa ainda operando no campo positivo, e aqui com o dólar novamente mais fraco e não absorvendo a oferta extra de swap cambial feita pelo Bacen. Depois da divulgação da ata do FED e com a ajuda do petróleo, mercados americanos e Bovespa voltaram a expandir alta.

Os investidores também passaram boa parte do dia esperando a divulgação da ata do FED da última reunião que jogou os juros para o intervalo entre zero e 0,25%. O secretário do Tesouro americano Steven Mnuchin identificou forte demanda por títulos do Tesouro e anunciou que ainda na semana haverá anúncio de medidas em conjunto com o FED.

Além disso, está pleiteando junto ao Congresso, recursos adicionais de US$ 250 bilhões para pequenas empresas.

Outra notícia que mexeu positivamente com os mercados foi a decisão de Bernie Sanders de se afastar da disputa pela candidatura democrata contra Trump, deixando o espaço para Joe Binden. Tivemos ainda declarações de dirigentes regionais do FED identificando a possibilidade de recuperação rápida da economia no segundo semestre de 2020.

A ata da reunião do FOMC do FED trouxe observações importantes sobre os impactos do Covid-19. Estima-se PIB em contração, desemprego crescendo forte (Evans do FED de Chicago diz que pode chegar até 20%), problemas de liquidez corporativa condições financeiras de curto prazo deteriorando e condições globais muito afetadas. Segundo a ata a economia ia muito bem, mas com o Covid-19 houve rápida deterioração.

A inflação também deve cair principalmente por conta da queda da energia.

E falando de energia, a Índia também anunciou que vai comprar petróleo para suas reservas. No mercado internacional, o petróleo WTI negociado em NY mostrava alta forte de 6,52%, com o barril cotado a US$ 25,17, mesmo depois de o Departamento de Energia dos EUA anunciara aumento maior dos estoques na semana passada.

Mas em compensação, a Argélia falou sobre corte de produção na reunião da OPEP+ amanhã e a Rússia diz concordar com corte de 1,6 milhão de BPD. O euro era transacionado em leve queda para US$ 1,087 e notes americanos de 10 anos com taxa de juros de 0,75%. O ouro praticamente estável e a prata em queda na Comex e commodities agrícolas majoritariamente em queda na Bolsa de Chicago. O minério de ferro na China teve dia de alta de 1,10%, com a tonelada em US$ 83,64.

No segmento local, o IBGE mostrou o volume de serviços prestados com queda de 1% em fevereiro e alta no ano de 1,2%. A receita nominal bruta encolheu 0,1%. Já o Bacen mostrou o fluxo cambial de  março negativo em US$ 6,56 bilhões e no ano também negativo em US$ 13,1 bilhões. As perdas do Bacen com operações de swap cambial foram de R$ 31,2 bilhões e as instituições viraram o mês vendidas em US$ 33,5 bilhões. Já a base monetária no final do mês era de R$ 307,6 bilhões e a posição cambial líquida era de US$ 312,5 bilhões.

No âmbito político, o presidente da Câmara Rodrigo Maia pretende votar ainda hoje o relatório do deputado Pedro Paulo sobre ajuda aos estados e municípios, alternativa de curto prazo ao programa Mansueto. A preocupação dos estados é com a recomposição de receitas afetadas pelo Covid-19, e alguns podem não ter recursos para pagar funcionalismo.

No mercado, o dia foi de DIs com comportamento de queda nos juros e dólar em queda de 1,60% e cotado a R$ 5,143. No mercado acionário, dia de queda da Bolsa de Londres em 0,85%, Paris em alta de 0,10% e Frankfurt com -0,23%. Madri e Milão com quedas de respectivamente 0,72% e 0,18%. No mercado americano, dia de Dow Jones em alta de 3,44% e Nasdaq com 2,58%. Na Bovespa, alta de 2,97% e índice e 78.624 pontos.

Na agenda de amanhã teremos a inflação oficial de março pelo IPCA e o IPC da Fipe da primeira quadrissemana de abril. Nos EUA, a inflação pelo PPI de março, a confiança do consumidor de Michigan de abril e os pedidos de auxílio-desemprego da semana anterior que requer atenção. Durante a noite teremos a inflação na China em março.

Alvaro Bandeira
Sócio e economista-chefe do banco digital Modalmais
Fonte: www.modalmais.com.br/blog/falando-de-mercado


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