A semana começando com forte preocupação dos investidores em relação à guerra entre Rússia e Ucrânia, mas também com a incidência de reuniões de bancos centrais sobre juros, com expectativa de alta. Também lembramos que, ontem, os EUA e o Canadá entraram em horário de verão e, como consequência, a bolsa de NY passa a encerrar sua sessão às 17h de Brasília, e a Bovespa acompanha esse horário.
Na semana passada, a Bovespa encerrou acumulando perda de 2,41%, aos 111.713 pontos, e o dólar ficou com queda de 0,47%, cotado em R$ 5,05. O Dow Jones fechou a semana com queda de 1,99% e Nasdaq com -3,53%. Em março, a Bovespa acumula queda de 1,26% e, em 2022, ainda tem alta de 6,57%. O recrudescimento da guerra entre Rússia e Ucrânia foi o principal motivo, junto às reuniões de bancos centrais, que ocorrem ao longo da semana com expectativa de alta de juros.
Hoje, mercados da Ásia terminaram o dia com quedas, exceto a Bolsa de Tóquio, com +0,58%. Europa iniciando a semana com boas altas e futuros do mercado americano com comportamento positivo. Aqui, a tensão com a guerra e a reunião do Copom, além da forte queda do petróleo no mercado internacional, terão de ser avaliadas pelos investidores, mas seria bom que conseguíssemos ultrapassar a faixa inicial de 114.500 pontos para ganhar tração.
A semana começa com o presidente Zelensky, da Ucrânia, solicitando reunião com Putin, depois de um final de semana sombrio com bombardeio na região oeste do país e denúncia de uso de bombas de fósforo. Na China, uma cidade com mais de 17,5 milhões de habitantes foi fechada por incidência de casos de covid-19, e o ex-presidente Obama testou positivo.
No G7, ministros da agricultura dizem que a guerra ameaça o suprimento alimentar global. Também tivemos alguns relatos de bancos europeus mostrando exposição bilionária com relação à Rússia, e a possibilidade de calote passa a ser real. O BIS, o banco central dos bancos centrais, fala em US$ 90 bilhões.
No mercado internacional, o petróleo WTI, negociado em NY, mostrava forte queda de 5,04%, com o barril cotado a US$ 103,82. O euro era transacionado em alta para US$ 1,10 e notes americanos de 10 anos com taxa de juros de 2,09%. O ouro e a prata com quedas na Comex, e commodities agrícolas com desempenho misto neste início de manhã.
Aqui, o governo prepara manobra para driblar a Lei Eleitoral com “transferências especiais” para municípios sem ter que passar pelo parlamento, resquícios da Era Dilma, e caminhoneiros começam a parar voluntariamente, o que pode piorar a situação da economia, escassez e inflação.
Na agenda do dia, teremos a nova pesquisa semanal Focus do Bacen e o saldo da balança comercial, mas o foco estará nas reuniões do FED e Copom em 16/03, BOE em 17/03 e BOJ em 18/03. Expectativa para o dia de Bovespa podendo operar em alta, mas petróleo pesa, dólar mais fraco e juros podendo ajustar expectativas maiores para o Copom.
