Comentários:
A minuta da reunião extraordinária do FED do dia 15/03 (divulgada agora há pouco), traz poucas novidades em relação ao conjunto de política monetárias adotadas. Em parte, isto se deve também a outras medidas adotadas posteriormente por parte do FED. Vale de qualquer forma destacar alguns elementos das discussões.
Evidentemente, pontua-se a forte incerteza nos cenários econômicos atrelado a forte retração da atividade em consequência do surto do coronavirus. As menções a epidemia saltaram de oito na minuta anterior para 48 nesta.
Primeiramente, não vemos uma retomada da discussão sobre a possiblidade de taxas de juros negativas. Neste sentido, a falta de menção a uma discussão deste instrumento reforça o comentário preponderante no último trimestre do ano passado: há amplo consenso no FOMC contrário a tal medida, seja por conta de experiências negativas em outras jurisdições, seja pela diferença na estrutura do sistema financeiro americano se comparado com países que adotaram a NIRP.
Destaca-se também que houve mais participantes além de Loretta Mester que defenderam um corte menor do que 100bps, dado que desejavam maior clareza do funcionamento da transmissão de política monetária antes de levar a taxa de juros novamente ao patamar de de 0-0.25% (“A few participants preferred a 50 basis point cut at this meeting and noted that such a decision would provide support to economic activity in the face of the anticipated effects of the coronavirus. These participants preferred to wait until there was greater assurance that the transmission mechanism of monetary policy via financial markets and the supply of credit to households and businesses was working effectively.”). Em termos de membros votantes, no entanto, Mester era a única a preferir um corte de 50bps.
Sobre as compras de títulos anunciadas, destaca-se que alguns membros do comitê julgaram relevante reforçar que o aumento no balanço estava ocorrendo para garantir bom funcionamento dos mercados e não necessariamente para prover maior acomodação via taxas de juros longas mais baixas. De qualquer forma, o comitê está preparado para aumentar a quantidade comprada.
Deve-se ressaltar também a discussão em torno do uso da discount window, que poderia levar a um estigma negativo para instituições que a utilizassem. Isto foi solucionado em parte por bancos grandes utilizarem este canal de financiamento.
De modo geral, o comitê reforça a intensão de utilizar todas as ferramentas ao seu dispor para garantir o fluxo de crédito para famílias e negócios. Nestes itens, incluem-se as ferramentas disponíveis no item 13(3) do Federal Reserva Act.

Felipe Sichel
Estrategista do banco digital modalmais
Fonte: https://www.modalmais.com.br/blog

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