O balanço dos mercados no mês de março se insere entre os piores da história. Em março, a Bovespa registrou queda de 29,9% e acumula perdas em 2020 de 36,8%. Já a PTAX mostrou desvalorização do real de 15,5% e em 2020, 29%. Nos EUA, o Dow Jones teve o pior trimestre com perda de 25,2% e o S&P com -20%.

Pois bem, começamos o mês de abril (e não é mentira de 1/4) da mesma forma, com fortes tensões e mercados do mundo em queda, tendo como base as declarações de dirigentes do FED sobre forte recessão no primeiro semestre, e o governo estimando que as mortes pelo covid-19 devem ficar entre 100 mil e 200mil. E só para complicar ainda mais, a Aramco, gigante do petróleo saudita, disse que vai ampliar a produção de óleo mesmo considerando que o barril WTI já está na casa de US$ 20 em NY.

Já por aqui, as medidas demoram a sair do papel e chegar em quem precisa (pessoas e empresas) e o presidente atrasa até a sanção da PEC emergencial de auxílio de R$ 600 aos informais. Resultado de tudo isso, mercados da Ásia em forte queda durante a madrugada, Bolsas europeias mostram perdas e acentuando ainda mais nesse início de manhã e futuros do mercado americano nas mesmas condições. Aqui, não podemos perder o último fundo formado perto de 61 mil pontos, sob pena de acelerar queda.

Durante a madrugada na China, o PMI Caixin industrial de março subiu para 50,1 pontos (de 40,3 pontos) e no Japão caiu para 44,8 pontos de anterior em 47,8. Na Alemanha, o PMI de março teve queda para 45,5 pontos e na zona do Euro caiu para 44,5 pontos. No Reino Unido, queda para 47,8 pontos. Ainda na Alemanha, as vendas no varejo de fevereiro mostraram alta de 1,2%, mas esse número fica velho diante das complicações do Covid-19.

O presidente Trump é que pensa proibir viagem do Brasil para os EUA pelos problemas de contaminação. No mercado internacional, dia de leve recuperação do petróleo com alta do WTI em NY de 0,49% e barril cotado a US$ 20,58. O euro era transacionado em queda para US$ 1,094 e notes americanos de 10 anos com taxa de juros em queda para 0,60%. O ouro e a prata em altas na Comex reforçando a busca por proteção (fly to quality) e commodities agrícolas com comportamento de queda na Bolsa de Chicago.

Aqui o ministro Paulo Guedes e Rodrigo Maia trocaram farpas por conta dos problemas com o auxílio emergencial, a publicação do The Guardian colocou Bolsonaro como representante de perigo para os brasileiros e reforçamos que “os dinheiros” estão demorando a chegar em quem precisa. Já a FGV anunciou que o IPC-S de março subiu 0,34% (anterior em -0,01%) e a inflação por esse indicador em 2020 está em 0,92% e em 12 meses com 3,44%.

Na agenda do dia alguns dados que podem mexer com os mercados, mas vamos mesmo ficar com o noticiário ao redor do coronavírus e aguardando a pesquisa ADP sobre criação de vagas em março nos EUA, que antecede ao payroll que será divulgado na sexta-feira.

Alvaro Bandeira
Sócio e economista-chefe do banco digital Modalmais
Fonte: www.modalmais.com.br/blog/falando-de-mercado

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