Ontem, foi dia de os investidores corrigirem exageros dos últimos dias dos mercados e partirem para compras selecionadas. A Bovespa observou alta de 1,74% retomando o patamar de 116.000 pontos, em 116.479 pontos, enquanto o Dow Jones tinha alta de 0,60% e Nasdaq com +1,43%.

Hoje, mercados novamente fecharam no campo positivo na Ásia, exceto a Bolsa de Hong Kong voltando de feriado e com queda de 2,82%. As Bolsas europeias operando com altas nesse início de manhã e futuros do mercado americano também com comportamento positivo. Aqui, seria bom mirarmos na direção de 119.000 pontos para deixar mais clara a consolidação da recuperação.

Mas os investidores vão seguir de olho no noticiário sobre o coronavírus, onde a China computa 5.974 casos de infecção e 132 mortes. De ontem para hoje foram mais 840 casos detectados. No Brasil, existem três casos suspeitos sendo avaliados.

Mercados também de olho na decisão do FED sobre política monetária que será anunciada às 16 h de Brasília, seguida de coletiva do presidente Jerome Powell. A visão mais geral é de que não deve mudar a política, mas sinalizar que está avaliando o surto de coronavírus. Já a safra de balanços do quarto trimestre, trouxe lucro recorde para a Apple de US$ 22,2 bilhões em seu primeiro trimestre fiscal e teremos ainda hoje os de Microsoft, Facebook e Boeing.

Santander computou lucro em 2019 de 6,5 bilhões, com o Brasil sendo responsável por 28% (melhor). Na Alemanha, o índice GFK de confiança do consumidor de fevereiro mostrou alta para 9,9 pontos, quando a previsão era de ficar em 9,6 pontos.

No mercado internacional, o petróleo WTI negociado em NY mostrava alta de 0,67%, com o barril cotado a US$ 53,84. O euro era transacionado em queda para US$ 1,10 e notes americanos de 10 anos com juros em queda para 1,62%. O ouro mostrava estabilidade e a prata em alta na Comex e commodities agrícolas com comportamento de alta na Bolsa de Chicago.

O presidente Bolsonaro demitiu, ontem, o presidente do INSS pelas filas e por má administração e também disse ter visto “coisa esquisita” na auditoria do BNDES e pediu explicações ao presidente Montezano. Já a FGV, anunciou que a confiança da indústria de fevereiro subiu 1,5 ponto, para 110,9 pontos.

O dia começando com expectativa de alta para a Bovespa, dólar mais fraco por aqui (no exterior segue forte) e juros em alta. Porém, o noticiários e indicadores têm capacidade de mudar o rumo.
Alvaro Bandeira
Sócio e economista-chefe do banco digital Modalmais
Fonte: www.modalmais.com.br/blog/falando-de-mercado

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