Bottom line:
- O IPCA-15 de novembro teve variação acima do esperado por nós (0.76%) e pelo mercado (0.72%), avançando 0.81% no mês.
- A leitura enseja cautela por parte da autoridade monetária e sugere manutenção das revisões positivas nas expectativas de inflação.
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O IPCA-15 de novembro teve variação acima do esperado por nós (0.76%) e pelo mercado (0.72%), avançando 0.81% no mês.
Por dentro do índice todos os grupos tiveram variação positiva, com destaque para alimentação e bebidas (2,16%), habitação (0.34%), transportes (1%) vestuário (0.96%) e artigos de residência (1.40%).
A média dos cinco núcleos caiu para 0.51% de 0.54% no mês, mas avançou para 2.57% no YoY. Já a difusão avançou para 66.49%, maior nível desde jan/20.
Os preços administrados avançaram 0.26%, enquanto livres (onde se concentrou a surpresa da inflação) avançaram 1%, marginalmente abaixo da leitura anterior de 1.16%. Ainda assim, a média móvel de três meses passou de 1.67% para 2.66%. Pela visão YoY, os livres crescem impressionantes 5.20%, maiores níveis observados desde 2017.
Pelo critério BC, vemos queda de serviços de 0.64% para 0.41%. No YoY observa-se avanço de 1.43% para 1.68%. Os industriais, que começaram a chamar atenção na leitura passada avançaram 0.87% MoM e 2.15% YoY.
Em suma, a leitura mantém níveis baixos em termos absolutos principalmente quando olhamos para a média dos núcleos. Ao mesmo tempo, o argumento de ociosidade elevada ajuda a referendar um cenário benigno de inflação.
No entanto, nota-se uma aceleração constante dos preços livres e de aberturas como serviços e produtos industriais. A leitura, portanto, enseja cautela por parte da autoridade monetária e sugere manutenção das revisões positivas nas expectativas de inflação. Nossa perspectiva de manutenção de algum grau de risco fiscal junto com demora para reversão nas pressões de preços sugere um cenário inflacionário mais arriscado do que o que prevaleceu anteriormente.
MX Bi-Weekly CPI | Macro Research
- A taxa de inflação medida pelo INPC no México surpreendeu negativamente na primeira quinzena de Novembro, com variação de 0,04% frente a expectativa de 0,24%;
- O índice subjacente mostrou variação de -0,11%, enquanto esperava-se 0,09% de variação;
- O componente ‘Mercancías no alimenticias ‘ foi responsável pela puxada para baixo da inflação, com variação de -0,69%;
- Já a inflação de Serviços variou 0,10% ante a última quinzena, demonstrando recuperação no setor;
- Já quanto a inflação não subjacente, apesar da queda de -0,94% em produtos agropecuários (mais especificamente Frutas e Verduras, -3,68%), o componente de ‘Energia’ e ‘Administrados pelo governo’ equilibraram o índice, que sofreu variação positiva de 0,51%.
Felipe Sichel
Estrategista do banco digital modalmais
Fonte: https://www.modalmais.com.br/blog