- As vendas no varejo cresceram 13.88% no conceito restrito e 19.59% no conceito restrito no mês de maio. Ambos os números se situaram acima das nossas expectativas (6.4% e 7.3%, respectivamente) e das expectativas de mercado (5.9% e 6.7%, respectivamente).
- O avanço das vendas no varejo foi disseminado por seus grupos, notando-se especificamente o forte avanço das vendas de tecidos, vestuários e calçados, que cresceram 100.63% no mês, bem como veículos (+51.66%) e móveis e eletrodomésticos (+47.55%). Vê-se aqui a resposta do consumo às medidas de suporte a renda e crédito adotados.
- O dado reforça a perspectiva de que o mês de abril foi de fato o pior momento em termos de atividade para a economia brasileira. Como comentado anteriormente, o forte desenvolvimento dos índices na variação mensal deve-se também a uma base extremamente comprimida no mês anterior.
- Outro elemento a ser considerado é que, tal qual em outras jurisdições, a dispersão nas expectativas dos dados era significativa para esta divulgação.
- Ainda assim, a surpresa é significativa e a expansão da atividade ampliada pelas diversas aberturas do indicador. Para a frente, esperamos manutenção da expansão da atividade em junho em linha com o relaxamento das medidas de isolamento social.
Alvaro Bandeira
Sócio e economista-chefe do banco digital Modalmais
Fonte: www.modalmais.com.br/blog/falando-de-mercado
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