• A inflação medida pelo IPCA-15 teve leitura de 0.3% no mês de julho, abaixo do esperado por nós (0.5%) e pelo mercado (0.52%).
  • Por dentro do índice, destaca-se principalmente que a evolução positiva foi puxada por preços administrados (+1.28%), enquanto os preços livres permaneceram absolutamente bem controlados (-0.03%). Em 12 meses, os administrados permaneceram em 0.83%, enquanto livres desaceleraram novamente para 2.58%, menor nível desde outubro/2018.
  • As medidas subjacentes mostram alimentação no domicílio variando -0.02%, menor patamar desde setembro do ano passado, enquanto serviços subjacentes avançaram 0.10% no mês.
  • A média dos núcleos (seguindo o novo critério do BC) está em 0.11%, maior patamar desde março deste ano. Em doze meses, este indicador mostra variação de 2.01%, a sexta desaceleração consecutiva. Finalmente, o índice de difusão mensal teve leitura de 52.32%, acima do anterior que marcou 47.14%.
  • O cenário inflacionário segue benigno e a surpresa da leitura de hoje reforça esta avaliação. Tem-se avanço pelo lado dos administrados, enquanto preços livres permanecem bem comportados. A indicação inicial para o Banco Central mostra que a reabertura da economia não provocou uma aceleração imediata dos preços livres.
  • Soma-se como argumento desinflacionário o desemprego e o elevado grau de ociosidade da economia, elementos que não devem reverter rapidamente. Assim, nossa expectativa permanece de um easing adicional da taxa SELIC.

Felipe Sichel
Estrategista do banco digital modalmais
Fonte: https://www.modalmais.com.br/blog

Publicidade

Investir sem um preço-alvo é acreditar apenas na sorte