O Ministério da Infraestrutura e a operadora de ferrovias controlada pelo empresário Rubens Ometto, divergem sobre os caminhos legais para a extensão da Malha Norte em cerca de 600 quilômetros. O projeto consiste no prolongamento da estrada de ferro que hoje termina em Rondonópolis, localizado no sul de Mato Grosso e onde a companhia tem um grande terminal de cargas, até Lucas do Rio Verde, bem no “coração” agrícola do Estado.

Na última semana, Ometto e o ministro Tarcísio Freitas voltaram a conversar sobre o projeto, ainda guardando divergências frontais sobre a opção preferencial para viabilizá-lo.

O “plano A” da Rumo é fazer um aditivo contratual à concessão da Malha Norte, que terá validade em 2079; com base em pedido apresentado à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e sem avanços palpáveis em sua tramitação.

Tarcísio rejeita esse caminho legal. Para o ministro, é inviável construir um trecho ferroviário tão extenso sem fazer nova licitação. Ele acredita que um aditivo seria contestado no Tribunal de Contas da União (TCU) e possivelmente judicializado por empresas interessadas na operação.

Impacto: Negativo. A Rumo realizou no ano passado uma captação de recursos, visando realizar este grande projeto de extensão da Malha Norte. Em estágio já bastante avançado, a empresa agora diverge sobre caminhos legais para dar sequência ao mesmo, com o Ministério da Infraestrutura; o que pode levar a um atraso da conclusão do projeto ou ainda um resultado diferente do observado inicialmente.

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