No terceiro trimestre de 2024, a Minerva (BEEF3) alcançou resultados financeiros expressivos, com receita líquida de R$ 8,5 bilhões, representando um crescimento de 20% em relação ao ano anterior. De acordo com a XP, isso se deve principalmente a uma forte oferta de gado no Brasil. O EBITDA ajustado também foi um destaque, atingindo R$ 813 milhões (+14% A/A), enquanto a margem EBITDA mostrou uma leve queda para 9,6%.

A companhia reportou um fluxo de caixa livre de R$ 667,3 milhões, refletindo um aumento de 10% A/A, impulsionado pela liberação sazonal de capital de giro. A alavancagem financeira, medida pela relação dívida líquida/EBITDA, melhorou para 3,2x, cumprindo seu covenant de 3,5x.

O endividamento bruto aumentou para R$ 25,7 bilhões, com 77% da dívida em dólares. A estratégia de hedge tem se mostrado eficaz nos últimos anos, mitigando riscos cambiais, especialmente em um cenário de alta na taxa de câmbio.

A empresa completou a aquisição de 16 plantas de abate da Marfrig em agosto de 2023. O que deverá aumentar sua capacidade total de abate em mais de 40% para bovinos. Todavia, as sinergias dessa transação estão estimadas em potencial aumento de 150-200 pontos percentuais na margem EBITDA nos próximos 18 meses.

Apesar dos resultados positivos, a Minerva (BEEF3) enfrenta riscos como a dinâmica de preços de commodities, exposição cambial e riscos sanitários que podem impactar suas operações. Além disso, a concentração em bovinos representa uma vulnerabilidade frente a variações no mercado.



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