INTERNACIONAL: Bolsas caem, dólar sobe com plano da China para Hong Kong

Bolsas europeias e S&P futuro caem com receios de aumento das tensões entre Washington e Pequim depois de a China anunciar que planeja impor uma lei de segurança nacional a Hong Kong, gerando protestos no território. O índice de ações de Hong Kong caiu mais de 5% e o yuan se enfraqueceu. S&P 500 fechou em baixa ontem com sinais de que Trump fará de sua posição dura sobre a China um elemento essencial de sua candidatura à reeleição. Pequim respondeu às acusações de Trump e ameaçou adotar retaliações. Riscos ameaçam rali que valorizou ações globais em 30% sobre o piso de março. Petróleo WTI chegou a despencar 9,4% antes de reduzir suas perdas para operar um pouco acima de US$ 31; metais caem em Londres após a China abandonar meta para PIB; minério de ferro tende a se sustentar com receios sobre oferta no Brasil devido ao coronavírus. Moedas emergentes têm quedas expressivas, com rand, rublo e peso mexicano perdendo mais de 1%. Argentina se prepara para mais um default da dívida soberana e governo negocia com credores para evitar situação caótica.

ECONOMIA/PODER: Crescente número de trabalhadores aciona a Justiça para sacar novos valores do FGTS em meio à pandemia

• Crescente número de trabalhadores aciona a Justiça para sacar novos valores do FGTS em meio à pandemia, o que acendeu o alerta no governo para o risco de sustentabilidade do Fundo. Se todos os trabalhadores puderem sacar até esse limite, as retiradas do FGTS poderiam chegar a R$ 142,9 bilhões, o que supera a disponibilidade imediata de recursos do fundo. (Estadão)
• Novo embate surgiu entre governadores e o Ministério da Economia na discussão sobre o plano de socorro financeiro aos estados e municípios por causa da crise causada pelo novo coronavírus. Os governadores resistem em perder repasse do FPE (fundo pelo qual o Tesouro transfere dinheiro para os estados) em troca de a União pagar dívidas com bancos internacionais. (Folha)
• Deputados aprovaram ontem, durante sessão do Congresso, projeto de lei que autoriza o governo federal a contornar a chamada “regra de ouro” – que impede o poder público de contrair dívidas para pagar salários e custeio dos órgãos. O placar foi de 451 votos a 1, e o tema ainda será analisado pelos senadores. (Estadão)
• A arrecadação de impostos, contribuições e demais receitas do governo federal teve queda real de 28,95% em abril, a R$ 101,154 bilhões, pior dado para o mês da série histórica divulgada pela Receita Federal, com início em 2007. (O Globo)
Para ganhar tempo até o desenho de uma nova política para os programas sociais do governo, uma das opções do ministro da Economia, Paulo Guedes, é dar mais uma parcela do auxílio emergencial de R$ 600, mas com o valor dividido ao longo de três meses. (Estadão)
• Celso de Mello decide até hoje às 17:00 sobre o vídeo da reunião ministerial citada pelo ex-ministro Moro, segundo assessoria do STF (Bloomberg)

EMPRESAS: Alliar iniciou nesta semana o oferecimento de testes com alto grau de sensibilidade para detecção do novo coronavírus

ALLIAR (AALR3): A Alliar iniciou nesta semana o oferecimento de testes com alto grau de sensibilidade para detecção do novo coronavírus. Os testes foram desenvolvidos pela companhia farmacêutica Abbott e são do tipo sorológicos, ou seja, identificam a presença de anticorpos contra o vírus no sangue do paciente. O nível de precisão chega a 99,5%. O exame pode ser usado para diagnóstico da infecção de forma complementar ao teste PCR, que detecta a presença do vírus na cavidade nasal, e como forma de identificar se pacientes tiveram a infecção de forma assintomática e, portanto, já desenvolveram proteção contra a covid-19. A empresa afirma que já firmou parcerias com companhias do setor de construção civil e da indústria para testar os funcionários, e que o exame é uma forma de diminuir, com segurança, o isolamento social.

CCR (CCRO3) ECORODOVIAS (ECOR3): O Ministério da Infraestrutura e o BNDES anunciaram um cronograma de leilões de quatro grandes projetos que, sozinhos, devem responder por quase metade dos R$ 250 bilhões em investimentos previstos pelo programa de concessões federais até 2022. O banco assinou contrato com o ministério para fazer a modelagem das concessões. Os certames dos portos de Santos e São Sebastião ocorrerão até julho do ano que vem; 7.200 km de rodovias até setembro de 2022 e os portos de Vitória, Vila Velha e Barra do Riacho e em dezembro de 2022. As rodovias devem atrair R$ 53,6 bilhões em investimentos ao longo de 30 anos de concessão. Essas obras serão divididas em 15 blocos e passarão por 13 estados.

COGNA (COGN3): A Cogna Educação (ex-Kroton Educacional) teve lucro líquido de R$ 46,809 milhões no primeiro trimestre do ano; queda de 85,3% ante lucro de R$ 318,692 milhões visto um ano antes. O desempenho também é 9,3% inferior ao lucro de R$ 51,620 milhões do quarto trimestre. No comparativo entre mesmos trimestres, a margem líquida ajustada teve recuo de 14,5 pontos porcentuais, para 2,9%. Segundo a companhia, pesaram no resultado a queda no resultado operacional e maior alavancagem financeira. O Ebitda da empresa educacional encolheu 32,8% na comparação anual e 5,6% frente ao quarto trimestre, para R$ 504,807 milhões. Segundo a empresa, o recuo no Ebitda pode ser atribuído principalmente à menor diluição de custos e despesas, maior nível de provisões para créditos de liquidação duvidosa (PCLD) para fazer frente ao cenário covid-19, e aumento nas despesas de marketing. Reflexo das pressões de receita no ensino superior, a receita líquida da companhia no primeiro trimestre foi de R$ 1,627 bilhão, queda de 11,4% na comparação anual e 15,7% ante o quarto trimestre. No trimestre foi registrado um consumo de caixa operacional (GCO), após capex, de R$ 146,670 milhões; consideravelmente menor que o consumo de R$ 274,973 milhões reportado um ano antes. No quarto trimestre, entretanto, a Cogna registrou geração de caixa operacional após capex de R$ 307 milhões.

RENNER (LREN3): As Lojas Renner registraram lucro líquido de R$ 10,4 milhões no primeiro trimestre de 2020, uma queda de 93,6% ante o mesmo período de 2019. Segundo a empresa, o ano começou em ambiente promissor, mas os efeitos da pandemia de covid-19 afetaram os resultados. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) somou R$ 216,6 milhões, uma queda de 47,2% ante o primeiro trimestre de 2019. O endividamento líquido da empresa, por sua vez, apresentou leve alta, chegando a R$ 768,2 milhões. Assim, a companhia resolveu fazer reforços de caixa. No total, a varejista afirma que em captação de empréstimos e financiamentos, alcançou cerca de R$ 2 bilhões, para reforçar o caixa. “Os recursos tomados, aliados à diminuição do payout para 25% do lucro líquido do exercício de 2019, e a redução no capex para R$ 560 milhões, garantiram a preservação da saúde financeira da companhia, mesmo em cenários de estresse”, informa a empresa nas demonstrações financeiras.

RIACHUELO (GUAR3): O grupo Guararapes, dono da varejista de moda Riachuelo; registrou no primeiro trimestre de 2020 prejuízo de R$ 47,5 milhões, que reverte lucro de R$ 29,3 milhões observado um ano antes. Além da Riachuelo, o grupo comanda a Midway Financeira, o Shopping Midway Mall e a Transportadora Casa Verde. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) do grupo somou R$ 101,1 milhões no intervalo entre janeiro e março, queda de 46,4% na comparação anual. O resultado da operação financeira encerrou o primeiro trimestre do ano em R$ 67,1 milhões, recuo de 46,9% em relação ao mesmo período de 2019. O endividamento líquido registrou um desaceleração de 1,9% no intervalo, para R$ 1,582 bilhão. A receita líquida entre janeiro e março deste ano somou R$ 1,009 bilhão, 3,6% menor que a do mesmo período do ano passado. No período, as vendas mesmas lojas recuaram 5,2%. O tíquete médio total da varejista aumentou 8,5%, para R$ 134,3, enquanto a base de cartões Riachuelo evoluiu 4,4%, para 32,7 milhões.

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