Milho inicia manhã de quinta-feira negociado em alta na Bolsa de Chicago

Os contratos negociados com milho na Bolsa de Chicago chegam ao intervalo desta manhã de quinta-feira em alta de 3 pontos nos primeiros vencimentos, a U$ 4,80/setembro. Ontem, as posições mais próximas fecharam com queda de 18 a 22 cents. Na BMF, julho opera em R$ 55,00 (+0,2%) e setembro, em R$ 55,60 (+0,3%).

No relatório mensal de oferta e demanda divulgado ontem, o USDA surpreendeu o mercado devido ao aumento na produção norte-americana de milho, que passa a ser prevista em 389,2MT, ante 387,8MT de junho e 348,8 do ano passado. Analistas esperavam um corte de pelo menos 3,0MT, para 384,8MT. A área semeada foi aumentada, conforme o relatório do mês passado, para 38,08MH; a produtividade, porém, sofre cortes, mas menor do que o esperado, caindo para 185,7 scs/ha, ante 189,86 scs/ha de junho e 181,3 scs/ha do ano passado.

Ainda nos EUA, houve cortes significativos nas exportações de milho, refletindo, sobretudo, a maior participação brasileira no mercado internacional. Quanto aos estoques finais, houve pequeno corte no montante deste ano (35,6MT) e um pequeno acréscimo para a temporada seguinte (57,5MT).

A produção mundial é estimada com aumento de pouco mais de 2,0MT para 2023/24, em 1.224,5MT e estoques finais em elevação, para 314,1MT.

A produção brasileira deste ano tem acréscimo de 1,0MT, para 133,0MT. A do próximo ano permanece avaliada em 129,0MT. As exportações são previstas em 56,0MT neste ano e em 55,0MT para a próxima colheita.

A CONAB, em seu 10º levantamento de safra, divulgado nesta manhã, estima a produção brasileira de milho deste ano em 127,7MT, 13% acima das 113,1MT colhidas em 2021/22 e 2,0MT acima da estimativa de junho, que era de 125,7MT. A primeira safra (verão) é estimada em 27,0MT; a safrinha, em 98,0MT e a terceira safra, em 2,3MT.

As exportações estão previstas pela CONAB em 48,0MT, ante 46,6MT da temporada passada. Enquanto isto, o consumo interno é projetado em 79,4MT, contra 74,5MT do ano passado.

Internamente, com o avanço da colheita e com o aumento da disponibilidade, os preços ficam ainda mais dependentes das cotações internacionais, resultantes da equação entre CBOT, câmbio e prêmios – num ano que o país precisa exportar um volume ao redor de 50,0MT. Por esta razão, as oscilações nestas variáveis terão influência direta na formação do preço, inclusive nas negociações para o consumo interno. O monitoramento sobre o comportamento do clima nos campos do Meio Oeste será fundamental daqui para frente.

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