Existem diferentes metodologias para se calcular índices de sustentabilidade. No Brasil, por exemplo, é muito comum (mas não único) encontrarmos os padrões GRI. No plano internacional a adoção pode mudar, conforme o país, e há também quem utilize dois métodos de forma conjunta. Pensando em estabelecer uma uniformização, o Global Reporting Initiative (GRI) e o Sustainability Accounting Standars Board (SASB) criaram um guia.

O documento, recém-saído do forno, é produto da parceria entre o GRI e o SASB que resolveram estruturar uma pesquisa com base na experiência global das companhias Diageo (Reino Unido), City Developments Limited (Cingapura), General Motors (Estados Unidos) e Suncor Energy (Canadá). Estas reportavam pelo padrão GRI e mais recentemente incorporaram também o SASB. Na pesquisa, outros 132 relatórios foram analisados e considerados para encorpar o guia.

A esta discussão deve-se incluir a KPMG que anunciou o lançamento de uma publicação denominada “Medindo o capitalismo das partes interessadas | Métricas comuns WEF IBC | Guia de implementação para a criação de valor sustentável”. A consultoria realizou o trabalho em parceria com o Fórum Econômico Mundial, as demais “Big 4” e o Bank of America. Todos os trabalhos acima descritos visam a jornada ESG.

Se puxarmos pela memória não vai longe o tempo em que o balanço de uma companhia aberta podia ser lido com prejuízo no Brasil e lucro nos Estados Unidos, por exemplo. Isto porque aquelas listadas no Brasil elaboravam as DFs com base na Lei das S/A, mas se também listadas nos EUA eram obrigadas a apresentar outro documento, simultâneo, baseado no US GAAP (United States General Accepted Accounting Principles). Para “melhorar” isto ainda tinha o padrão europeu, que poderia mostrar um novo resultado…

Enlouquecidos, os senhores da contabilidade decidiram então partir para o IFRS (International Financial Reporting Standards), que viria substituir o IASC / IASB (International Accounting Standards Board), criando um desejável padrão único – pois que a mesma empresa “X” não pode pagar dividendos em determinado país e negá-los em um outro, com base nas Demonstrações Financeiras de idêntico período. Esse start, pela padronização, começou em abril de 2001, completando agora exatos 20 anos.

Com as métricas ESG pode ocorrer o mesmo, visando facilitar a vida do investidor e da sociedade como um todo. Esperar um longo tempo para a uniformização de métricas não faz sentido em um mundo permeado pela cultura da informação.

NOVIDADE

Nos próximos dias o Portal Acionista trará um novíssimo produto a mercado. Na semana recém-encerrada foram ultimados os detalhes de funcionamento e operacionalização desta novidade, que será apresentada nos próximos dias.

Por ora só vamos adiantar que se trata de ferramenta para facilitar e melhorar o dia a dia do acionista e investidor, de uma forma geral…

LIQUIDEZ

O BTG Pactual aprovou o desdobramento de uma ação em quatro. Em comunicado assinado pelo DRI José Miguel Vilela Jr, como Fato Relevante, informa ainda que o capital da empresa será mantido e que tal operação visa dar maior liquidez às ações.

A operação precisa do “OK” do Banco Central.

CAPITAL

O Banco Bradesco anunciou o aumento de capital, devidamente aprovado pelo Banco Central, no valor de R$ 4 BI, elevando o capital social para R$ 83,1 BI. Haverá bonificação de 10% em ações, conforme deliberado na AGE de 10 de março último.

 RETORNO

A Ourofino Saúde Animal, companhia aberta parceira deste Portal, anunciou a distribuição de R$ 21,3 milhões em dividendos e JCP (R$ 0,395 líquidos, por papel).

Desse total, R$ 11,9 milhões (já descontado o IR) serão pagos como juros sobre capital e os outros R$ 9,3 MM como dividendos (isentos).

DEBÊNTURES

A Unipar Carbocloro captará R$ 350 MM, a fim de alongar o perfil de sua dívida. A operação se dará via debêntures simples, com valor unitário de R$ 1 mil.

Com plantas em Cubatão, Santo André (estado de São Paulo) e Bahia Blanca (Argentina), empregando 1.400 pessoas, a companhia tem capacidade instalada de 4 milhões de t/ano de produtos químicos e petroquímicos e apurou receita líquida de vendas, em 2020, de R$ 3,8 BI.

DISTÂNCIA

O IRB-Brasil comunicou o mercado sobre a reapresentação do Boletim de Voto à Distância de sua Assembleia Geral Ordinária, a ser realizada no dia 30 deste mês, para inclusão das seguintes propostas alternativas apresentadas pelos acionistas Bradseg Participações S.A., Bradesco Seguros S.A. e Itaú Seguros S.A.: (i) incluir proposta alternativa acerca da fixação do número de membros que irão compor o Conselho de Administração da Companhia; e (ii) incluir chapa alternativa para o Conselho de Administração.

Os votos dos acionistas que já tiverem sido enviados, ou aqueles que sejam postados utilizando a versão anterior do BVD, serão considerados válidos. Aqueles acionistas, que já tenham enviado seus BVDs utilizando a versão anterior do referido documento e queiram votar na proposta e/ou chapa alternativas, devem enviar a nova instrução de voto, na nova versão do BVD. O prazo continua sendo o dia 23 próximo.

CHAPA

Os acionistas (mencionados na nota acima) propõem que o Conselho de Administração seja composto, no próximo mandato, por sete membros titulares e um membro suplente do presidente do Conselho de Administração e aponta chapa alternativa, “sem qualquer juízo ou demérito em relação aos 2 (dois) candidatos adicionais constantes da chapa incluída na Proposta da Administração divulgada em 30 de março de 2021”.

Nomes ora sugeridos à Assembleia, para o novo CA: Antônio Cássio dos Santos, na qualidade de membro titular e presidente do Conselho de Administração, devendo ser eleito mediante voto da União Federal, detentora da golden share; Jorge Lauriano Nicolai Sant’Anna (membro suplente do presidente do Conselho); Regina Helena Jorge Nunes (membro titular e independente); Ivan Gonçalves Passos (independente); Henrique José Fernandes Luz (independente); Marcos Pessoa de Queiroz Falcão (independente); Ellen Gracie Northfleet (independente); Hugo Daniel Castillo Irigoyen (independente).

IPO

Companhia de tecnologia (e com um market share atual de 9% de smartfones no país), a Allied fez o IPO para captar recursos com o objetivo de investir mais em plataformas de tecnologias e adquirir empresas.  A captação foi de R$ 180 MM e as ações (ticker ALLD3) começarão a ser negociadas, na B3, a partir deste dia 12.

BOLSA

Lançada há oito anos no Brasil, com uma carteira de 132 milhões de clientes (cartões PF e PJ emitidos), a Bandeira ELO está de olho na Bolsa. Mas é a Bolsa tecnológica de New York (Nasdaq) o objeto de desejo, dizem fontes de mercado que esperam o anúncio de um IPO a qualquer momento.

ADIÓS

Encerrou-se a participação da Bolsa brasileira (B3SA3) na Bolsa Mexicana de Valores, com a conclusão da venda de 4,1% das ações, no montante de R$ 194 MM.  

“O desinvestimento está em linha com a estratégia da B3 de focar seus esforços principalmente nas oportunidades de crescimento e desenvolvimento dos mercados financeiro e de capitais locais”, afirmou, em comunicado, a B3.

RECUPERAÇÃO

A mineradora Samarco, controlada pela Vale e BHP Billiton, entrou com pedido de recuperação judicial junto ao Tribunal de Justiça de MG. Lembrando que em novembro de 2015 ocorreu o estouro da Barragem do Fundão, em Mariana (MG), deixando um rastro de mortes e degradação ambiental cuja extensão atingiu o Rio Doce e chegou até o oceano.

Segundo a companhia, as dívidas se acumulam desde antes da tragédia de Mariana e alguns credores estão dificultando entendimentos, daí o pedido de recuperação judicial previsto na legislação brasileira. O montante ultrapassa os R$ 700 MM.

LEILÃO

Em meio a outra tragédia que se abate sobre o Brasil – considerado o atual epicentro da doença –, com a pandemia, o governo federal teve um refresco. No último dia 7 foram leiloados 22 aeroportos, no valor de R$ 3,1 bilhões, representando um ágio (médio) de 3.822% sobre a pedida inicial.

A concessão vai durar 30 anos e os arrematadores vão investir outros R$ 6,1 BI na modernização desses aeroportos, que receberam 24 milhões de passageiros em 2019, representando 11% do volume total nacional.

Na sexta, 9, foi a vez do caixa ser (ainda mais) reforçado pela outorga de cinco terminais portuários (sendo quatro no Maranhão e um no RS), pelo prazo de 10 anos. Foram auferidos R$ 216 MM em outorgas.

OXIGÊNIO

E por falar em gás… um grupo de 12 empresas se uniu para doar mais 5.000 concentradores de oxigênio. Os equipamentos serão utilizados no tratamento de pacientes da Covid-19 em suas próprias localidades, evitando, com isto, a sobrecarga nos hospitais.

Os concentradores separam o oxigênio do ar, fornecendo um fluxo direto e contínuo aos pacientes. Participam da iniciativa, que custou R$ 35 milhões (e foi operacionalizada pela Air Liquide, via importação), as seguintes empresas: Bradesco, BRF, B3, Embraer, Gerdau, Grupo Ultra, Itaú Unibanco, Magazine Luiza, Marfrig, Natura & Co, Suzano e Unipar. 

SAÚDE

Até o final deste mês a diretora de negócios Jeane Tsutsui deverá assumir a presidência do Grupo Fleury, em substituição a Carlos Marinelli.

Focado em ser uma multiplataforma de saúde, o Fleury quer agregar mais valor à suas ações – o que, aliás, já vem ocorrendo com a concorrência.    

GOVERNANÇA

“Percepção dos profissionais de Companhias Abertas Acerca do Informe sobre o Código Brasileiro de Governança Corporativa” é o nome da pesquisa desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (Ibri).

Segundo o instituto, 60% dos respondentes (49 representantes de companhias abertas) são atuantes no Novo Mercado e manifestaram “percepção positiva” sobre o Código. Na avaliação destes, o processo de preenchimento aprimora as práticas de governança e, por isso, “representa mais um investimento que um custo”, pois “favorece aprendizagem contínua”.

COMEMORAÇÃO

Lançada por um dos precursores do mercado de capitais brasileiro, Ronaldo Nogueira, a Revista RI (100% focada em Relações com Investidores) comemora o expressivo número 250 neste mês de abril.

São 250 edições mensais, ininterruptas, da publicação hoje comandada pelo publisher Ronnie Nogueira que a acompanha desde a criação pelo pai. Nesta última edição a pauta é Unicórnios; ODS e questões ESG. Confira o link www.revistaRI.com.br/250.

Ao Ronnie, parceiro do Portal Acionista, nossos sinceros cumprimentos pela qualidade do trabalho, desejando vida longa e robusta à Revista RI.  

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