A inflação brasileira sob controle e a previsibilidade do Banco Central do Brasil (BC) apontam para um novo corte na taxa de juros Selic de 0,50 p.p, conforme já precificado pelo mercado financeiro há semanas. A afirmação é do economista Volnei Eyng, CEO da Multiplike, para quem serão dois cortes de meio ponto, sendo um no dia 1º de novembro e o outro na reunião de dezembro.

“Tudo leva a crer que a Selic encerrará 2023 em 11,75% ao ano, pois a autoridade monetária tem sido rígida e assertiva no trato dos juros brasileiros para controle da inflação”, diz, acrescentando que a política econômica adotada pelo BC deu resultado e os núcleos de inflação estão todos caindo, conforme mostram indicadores econômicos.

A fala do executivo remete ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), cujo Boletim Focus, que é um relatório que trata de projeções de analistas e economistas, aponta para uma queda de 4,75% para 4,65% ao final de 2023. Ou seja, é a inflação recuando. Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) foi de 0,21% em outubro, 0,14 ponto porcentual abaixo da taxa de setembro (0,35%). Este dado foi divulgado dia 26.

A melhora do cenário econômico não é motivo para o investidor abrir mão da cautela visto que, segundo Volnei, o terceiro e o quarto trimestre ainda vão ser bastante desafiadores, principalmente para o setor de varejo. “Os traders devem tomar cuidado com papéis ligados a companhias desse segmento”, frisa.

Vale lembrar, ainda, que no ambiente macroeconômico os EUA reportaram uma alta de 4,9% no Produto Interno Bruto (taxa anualizada do PIB) do 3TRI23, sendo mais que o dobro do ritmo do 2TRI23 (2,1%). O Federal Reserve (Fed, banco central americano) tem trabalhado com uma taxa de juros na casa dos 5%, patamar considerado elevadíssimo para os padrões de lá, mas sua mão pesada na economia não tem feito a inflação recuar.

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Desta forma, este indicador confirma que a economia dos EUA está aquecida e há uma expectativa de que a autoridade monetária de lá implemente novas altas de juros para, com isso, tentar conter o consumo das famílias e, assim, baixar a inflação. Alguns bancos de investimentos já “apostam” que a taxa americana alcançará os 7% ao ano em breve. Essa elevação tem implicações na economia mundial, especialmente nos mercados emergentes, como o Brasil, e impedem que o BC local seja mais agressivo no corte de juros, visto que a inflação brasileira está tecnicamente controlada, mas a americana está descontrolada.

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