“Mesmo com o arcabouço, vamos cobrir a agenda social sem comprometimento das contas públicas. Não virá de aumento de impostos”, garantiu a ministra.
Embora tenha reconhecido as diferenças com outros integrantes da equipe econômica – ela, “mais liberal”; eles, “mais heterodoxos” -, Tebet salientou que o time trabalha em harmonia e disse que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem sido generoso com o seu ministério.
Ela declarou que as políticas públicas encontram dois corredores: o do “querer”, representado pelo planejamento, e o do “poder”, imposto pelo orçamento, com suas limitações. Assim, disse, o desafio é revisar os gastos do orçamento, de modo a remover os programas ineficientes, o chamado spending review, porém com um piso para os gastos sociais. “Não vamos cortar recursos”, garantiu a ministra ao tratar dos programas sociais.
“Queremos o corredor do planejamento … O Brasil gasta muito e mal”, acrescentou Tebet.
Após informar que o plano plurianual (PPA) será apresentado na semana que vem, a ministra pediu apoio de empresários e pesquisadores que compareceram ao auditório da FGV para que o documento não pare no fundo da gaveta dos ministérios após a aprovação pelo Congresso. “Nossa difícil missão é planejar, organizar e executar … Precisamos de ajuda”, declarou Tebet. Enquanto o PPA estiver na Câmara, adiantou, o ministério vai trabalhar num planejamento de prazo ainda mais longo, até 2040.