Os mercados globais têm navegado por cenários econômicos distintos, onde os sinais de desinflação e crescimento moderado se misturam. Enquanto os Estados Unidos enfrentam dados econômicos variados, a Europa lida com mudanças políticas e a China busca estabilizar seu crescimento.
Nos EUA, indicadores de sentimento ainda sugerem um crescimento sólido no segundo trimestre de 2024, mas os dados reais, como as vendas no varejo, já mostram enfraquecimento. Esse cenário aumenta a pressão sobre a curva de juros, com cortes previstos para o segundo semestre.
Conforme expectativas do mercado neste momento, espera-se que o Federal Reserve (FED) inicie a redução das taxas de juros em setembro. Além disso, seguido de mais um ajuste em dezembro e quatro cortes adicionais em 2025.
Na Europa, as eleições no Reino Unido e na França trouxeram incertezas, mas a desinflação permitida ao Banco Central Europeu (BCE) iniciou um ciclo de ajuste monetário, liberando as principais taxas de juros. O BCE ainda reconhece os riscos inflacionários, indicando uma política restritiva por mais tempo. Bem como, deixando claro que podem decidir pela manutenção dos juros na próxima reunião.
Na China, o crescimento continua desafiador. A liderança do Terceiro Plenário do Partido Comunista em julho pode trazer decisões importantes sobre política econômica. O governo está comprando estoques de casas não vendidas e implementando reformas estruturais para reduzir a volatilidade do mercado financeiro e incentivar a economia e a formação de patrimônio. Dessa forma, devemos seguir observando e monitorando os futuros acontecimentos, pois apresentam impacto direto nas ações brasileira. Por exemplo na Vale (VALE3) que possui forte relevância para o índice Ibovespa.
Estratégias de investimento conforme os mercados globais
Adaptar-se aos diferentes cenários deveria ser uma habilidade comum do investidor, contudo a prática difere da teoria em muitos casos. Na dúvida, invista em bons ativos, possivelmente nas principais recomendações (aquelas que estão no topo dos filtros) conforme a categoria de seu interesse.
Olhando para a renda fixa e variável devemos continuar absorvendo bons resultados relação ao benchmark. As ações não subirão em linha reta, ou seja, em algum momento deveríamos ter uma queda de preços (conhecido como correção saudável) após fortes altas para depois continuar subindo. Portanto, siga observando oportunidades na renda variável pois ainda estamos com vários ativos descontados para aproveitar.
No médio e longo prazo, noto o consenso dos gestores e analistas acreditando que a economia global manterá um crescimento próximo ao potencial em um contexto de “soft-landing”. Assim, com a desinflação avançando de forma não linear nos principais mercados, especialmente nos EUA. Essa combinação ainda favorece a alocação em renda fixa global (via BDRs de ETFs, por exemplo), justificando a nossa sugestão de manter na alocação do IMA 90.
Já sobre a renda fixa, venho reforçando já faz algumas semanas sobre a ideia de reduzir a duration da carteira. Isto é, de considerar o aumento das posições em títulos de renda fixa com prazos de vencimentos mais curtos.
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O momento é bom para investir de forma estratégica e aproveitar espaços específicos.