A semana fechou com o o mercado do boi gordo seguindo pressionado, meio que indo em direção a uma ladeira de preços baixos, cenário que o pecuarista não gosta de ver, mas que surge todo ano com o começo da seca e a necessidade de acomodar animais em uma área de pastagem mais contida e menos nutritiva.A indústria frigorífica é conhecedora deste cenário e, sim, espera o momento para travar negócios mais lucrativos e estender suas escalas de abate. A grande diferença desta vez são as características do ano de 2024, que passa por um cenário de consumo interno melhor (se comparado a anos anteriores) mas ainda baixo; exportações recordes nos quatro primeiros meses do ano; abates igualmente com recordes e participação extremamente elevada de fêmeas.Ao comentar as características do ano de 2024, destaca o consumo doméstico de carne bovina, mais aquecido quando comparado aos últimos anos, mas não o suficiente para absorver a produção, mesmo com os embarques recordes, tem ficado produto no mercado brasileiro e acaba pesando nos preços da arroba paga ao produtor rural brasileiro.As exportações merecem um texto a parte, mas por aqui posso citar que os quatro primeiros meses do ano se caracterizaram por serem os mais expressivos em vendas (volume embarcado) da história. Trata-se do melhor janeiro, fevereiro, etc, quando diante dos mesmos meses em anos anteriores.O grande volume de abates e produção de carne bovina está diretamente ligado a forte oferta de fêmeas no acumulado do ano. E, mesmo ainda sendo cedo para dizer e sabendo que final da safra de gado a pasto joga o preço para baixo, podemos perguntar: qual é o contingente de fêmeas disponíveis para abate em maio e junho? Parte destas fêmeas já foi ou não para o gancho? A depender das respostas, saberemos a força e duração da pressão (certamente, mais branda que em 2023).

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