A Petrobras divulgou fato relevante, no qual ela anuncia que quatro membros do conselho de administração da estatal pediram para não serem reconduzidos na próxima eleição para o colegiado.

Dois deles, João Cox Neto e Nivio Ziviani, alegaram como motivos questões pessoais. Paulo Cesar de Souza e Silva, por sua vez, lembrou que seu mandato chegaria ao fim e que prefere a não renovação. Já Omar Carneiro da Cunha foi claro ao responsabilizar a intervenção recente do presidente Jair Bolsonaro na estatal por causa dos preços de derivados de combustíveis, que refletiram na troca de Roberto Castello Branco pelo general Joaquim Silva e Luna, que ainda tem de ser efetivada pelo conselho.

O colegiado é formado por um presidente (Eduardo Leal) e dez conselheiros, sendo seis deles indicados pelo acionista controlador, o governo federal.

Os quatro conselheiros que pediram a não recondução fazem parte do bloco do controlador.

Impacto: Negativo. Desde o episódio que envolveu o PR e a estatal, os conselheiros viviam um dilema de ficar na Petrobras e tentar defender a governança corporativa ou sair para não correr risco de se envolverem em um embate sobre melhores práticas com o presidente Bolsonaro. A saída de quatro dos dez conselheiros é bastante negativa; à medida que aumenta ainda mais as incertezas do mercado com relação a questões internas da companhia. Ainda, estes davam aos investidores maior segurança com relação a sequência da política de preços; e a saída dos mesmos é enxergada como mais um fator de risco para o investimento.

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