O Itaú Unibanco realizou teleconferência sobre as medidas implementadas na gestão de suas operações; no atendimento de seus colaboradores e clientes, diante da pandemia de Covid-19. O cenário macroeconômico se mostra incerto, mas o banco espera uma retomada gradual a partir do 3º trimestre, embora reconheça que o PIB de 2020 depende da duração do “lockdown” e do momento e intensidade da recuperação, com suas projeções variando de -0,5% no melhor cenário e queda de 6,4%.
Vemos o banco preparado pra o enfrentamento da crise, através dos investimentos realizados no desenvolvimento das pessoas e em tecnologia. Destaque para sua governança e a adequada gestão dos riscos de mercado, de crédito e de liquidez (beneficiada pelas medidas adotadas pelo BC e o CMN); dos riscos de capital e operacional. Lembrando que o banco realizou a reavaliação do estoque de crédito tributário no valor de R$ 2,3 bilhões contabilizados no 4T19; somado ao ganho da emissão primária de ações da XP Investimentos no valor de R$ 2,0 bilhões. Nesse ambiente o banco reforçou a PDD no montante de R$ 2,5 bilhões e as Provisões cíveis, fiscais e trabalhistas no valor de R$ 1,3 bilhão.
Esperamos queda do resultado neste 1º semestre, por conta da redução do crédito e das receitas, maiores despesas com PDD e consequente incremento de inadimplência. Nesse cenário aumentamos o custo do crédito em 200 pontos base para 12,5%, mantivemos o crescimento na perpetuidade em 3,5%; reduzimos o payout para 25% neste ano e chegamos a um ROAE de 18,8% em 2020 que se compara a 23,7% de 2019. Com isso, revisamos o preço justo de R$ 43,00/ação para R$ 32,00/ação e seguimos com recomendação de COMPRA.
Destaques
CMN suspendeu provisoriamente o pagamento de proventos em percentual acima do mínimo obrigatório e o aumento da remuneração dos administradores das instituições financeiras, no período entre 6 de abril e 30 de setembro de 2020
Ao mesmo tempo as recompras de ações deverão ser autorizadas pelo BC e não poderão ultrapassar 5% do total emitido, com o objetivo de evitar o uso recursos importantes para a manutenção do crédito e eventual absorção de perdas futuras. De acordo com o BC “os bancos têm níveis confortáveis de capital e de liquidez, mas, diante da incerteza da magnitude do choque provocado pela Covid-19, é importante adotar requisitos prudenciais complementares mais conservadores” e ao mesmo tempo fazer com que os bancos direcionem um volume maior de recursos para as operações de crédito.
Os resultados e perspectivas financeiras do banco serão apresentados na teleconferência de resultados do 1T20, agendada para o dia 05 de maio
Lembramos que o resultado dos bancos tem uma característica sazonal, sendo o 1º trimestre o mais fraco em termos de atividade econômica. Nesse ano o maior nível de volatilidade aconteceu em março, sendo esperada, maior redução da lucratividade no 2T20 e gradual retomada a partir do 3º trimestre.
Pilares de atuação do banco
Destaque para a governança e a adequada gestão dos riscos de mercado, de crédito, de liquidez, operacional e de capital. Os investimentos realizados no desenvolvimento das pessoas e em tecnologia, tanto no desenvolvimento das pessoas quanto em tecnologia, prepararam o banco para enfrentar de forma adequada esse momento de crise.
Gestão de riscos
Banco segue capitalizado e com liquidez suficiente, para proteção nesse momento de stress, com indicadores de liquidez de curto e longo prazo em linha com o apetite de riscos do banco, com destaque para o fluxo positivo de recursos em depósitos de Varejo e de Atacado. Em relação ao crédito o banco determinou limites de concentração e estímulos à diversificação de receitas, buscando garantir baixa volatilidade dos resultados.
Confira os principais destaques das empresas
A principal referência do mercado financeiro.
Aqui no Acionista você tem a oportunidade de ler, comparar e decidir.
Trabalhamos em prol do investidor, aproximando em apenas um local diversas opiniões, sugestões e expectativas para o mercado.
