O Ministério da Agricultura suspendeu temporariamente as exportações de carne bovina para a China, atendendo o protocolo sanitário entre os dois países. Foram detectados dois casos “atípicos” da doença conhecida como o “mal da vaca louca”, um em Nova Canaã do Norte (MT) e o outro em Belo Horizonte (MG).
• De acordo com a nota do ministério, “os dois casos de EEB (Encefalopatia Espongiforme Bovina) atípica foram detectados durante a inspeção ante-mortem. Trata-se de vacas de descarte que apresentavam idade avançada e estavam em decúbito nos currais”. A EEB atípica ocorre de forma espontânea e esporádica e não está relacionada à ingestão de alimentos contaminados. O Brasil nunca teve um caso de doença “clássica” da vaca louca;
• Não há risco para os humanos e o Brasil continua a ser considerado com “risco insignificante para a doença, não justificando qualquer impacto no comércio de animais e seus produtos e subprodutos”;
• A medida vai durar até que as autoridades chinesas concluam a avaliação das informações já repassadas sobre os casos. Em 2019, quando o país registrou o caso atípico anterior a esse, as vendas à China ficaram suspensas por 13 dias. O Brasil nunca teve um caso de doença “clássica” da vaca louca.
O Brasil é o maior exportador mundial de carne bovina e a China nosso maior mercado. A suspensão temporária de exportação de carne para a China coloca na berlinda produtores brasileiros, dentre eles a JBS (JBSS3), Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3) que seguem protocolos sanitários bilaterais e adequados e cujo impacto, “se houver”, será limitado. Lembrando ainda que essas companhias podem utilizar suas estruturas de produção e exportação localizadas em outros países, sem sofrer qualquer interrupção no fornecimento.