B3 - Ações - Dividendos

No universo dos investimentos, os dividendos se destacam como uma das formas mais tradicionais e atrativas de retorno financeiro. 

Para muitos investidores, principalmente aqueles que buscam uma fonte de renda passiva, essa participação no lucro de empresas é um dos principais critérios na hora de escolher onde aplicar dinheiro. 

Nesse contexto, uma dúvida comum é: quais ações listadas na Bolsa de Valores Brasileira, a B3, oferecem os maiores pagamentos de dividendos? 

Para esclarecer essa questão e entender melhor como funciona a distribuição dos dividendos, acompanhe as linhas a seguir:

O que são dividendos?

Os dividendos são uma parte dos lucros de uma empresa que é distribuída entre seus acionistas. 

Essas distribuições podem ocorrer de forma regular (mensal, trimestral, semestral ou anual) e variam conforme o desempenho da companhia. 

Dessa forma, empresas consolidadas e com boa saúde financeira, como bancos, grandes indústrias e empresas de energia são as que mais costumam pagar dividendos. 

A princípio, esses pagamentos são uma forma de recompensar os acionistas pela confiança e pelo capital investido.

Para o investidor, os dividendos representam uma maneira eficiente de obter rendimento sem a necessidade de vender suas ações

Esse modelo é especialmente atrativo para quem busca uma fonte de renda extra, como aposentados ou aqueles que preferem um fluxo de caixa estável, ao invés de depender apenas da valorização das ações no mercado.

Além de fornecerem uma renda passiva, os dividendos também são um indicativo de que a empresa está bem administrada e com lucros consistentes. 

Assim, a quantidade e a regularidade desses pagamentos são muitas vezes vistas como um reflexo da saúde financeira da empresa.

Como é medido o retorno dos dividendos?

Existem diversas métricas usadas para avaliar o retorno de um investimento em dividendos. 

O Dividend Yield é a mais comum, calculada pela divisão do valor do dividendo pago por ação pelo preço da ação no mercado. 

Essa taxa indica o percentual de retorno que o investidor pode esperar receber em relação ao valor investido, sendo uma ferramenta útil para comparar diferentes oportunidades de investimento.

No entanto, é importante que o investidor também observe outros fatores, como o payout ratio (percentual do lucro destinado aos dividendos) e a sustentabilidade dos pagamentos. 

Um payout muito alto pode indicar que a empresa está distribuindo mais do que pode, o que pode ser insustentável a longo prazo. 

Além disso, o cenário econômico e o setor da empresa também podem impactar a capacidade de manter um pagamento regular.

Quais ações de empresas mais pagam dividendos?

Na B3, entre as líderes no pagamento de dividendos está a Marfrig (MRFG3), com um impressionante Dividend Yield de 29,83%

A empresa tem se destacado não apenas pela sua sólida posição no setor de alimentos, mas também pela consistência na distribuição de lucros aos seus acionistas. 

Na sequência, Petrobras (PETR4), com um dividend yield de 20,56%, continua sendo uma das preferidas dos investidores, principalmente devido ao seu grande porte no mercado energético e seus altos lucros.

A Petrobras (PETR3), com um yield de 19,94%, também é uma das mais procuradas pelos investidores em busca de rendimentos constantes. 

Além dessas, bancos como Banco do Brasil (BBAS3) e Itaú Unibanco (ITUB4) também figuram entre as ações mais rentáveis, com dividend yields de 9,44% e 7,24%, respectivamente. 

Confira as 10 ações da B3 que mais pagam dividendos:

Empresa Código Setor Dividend Yield (12M% em 2024)
Marfrig MRFG3 Carnes e derivados 29,83%
Petrobras PETR4 Exploração, refino e distribuição 20,56%
Petrobras PETR3 Exploração, refino e distribuição 19,94%
Cemig CMIG4 Energia elétrica 14,70%
Petrorecsa RECV3 Exploração, refino e distribuição 13,13%
JBS JBSS3 Carnes e derivados 12,53%
Caixa Seguri CXSE3 Seguradoras 10,70%
CSN Mineração CMIN3 Minerais metálicos 10,03%
Banco do Brasil BBAS3 Bancos 9,44%
Bradespar BRAP4 Minerais metálicos 9,25%
Marcopolo POMO4 Material rodoviário 8,72%
Eletrobras ELET6 Energia elétrica 7,98%
BB Seguridade BBSE3 Seguradoras 7,91%
Santos Brasil STBP3 Serviços de apoio e armazenagem 7,73%
Taesa TAEE11 Energia elétrica 7,68%
Petz PETZ3 Produtos diversos 7,54%
CPFL Energia CPFE3 Energia elétrica 7,25%
Itaú Unibanco ITUB4 Bancos 7,24%
Vale VALE3 Minerais metálicos 7,21%
Vibra VBBR3 Exploração, refino e distribuição 6,88%

Fonte: Elos Ayta

Dividendos são isentos de impostos?

No Brasil, os dividendos pagos aos investidores pessoas físicas são isentos de imposto de renda (IR)

Isso acontece porque as empresas já recolhem os tributos sobre seus lucros antes de distribuir os dividendos aos acionistas. 

Por outro lado, os juros sobre o capital próprio (JCP), que também são uma forma de distribuição de lucros, são tributados na fonte à alíquota de 15%.

No entanto, dividendos recebidos de empresas estrangeiras podem estar sujeitos à tributação tanto no país de origem quanto no Brasil, dependendo de acordos internacionais. 

Além dos dividendos, o que levar em consideração na hora de investir em ações?

Para o investidor que busca maximizar seus ganhos, focar em empresas com bons históricos de pagamento de dividendos pode ser uma estratégia eficiente

No entanto, é importante lembrar que, embora o dividend yield seja uma métrica relevante, outros fatores, como a saúde financeira da empresa e o cenário econômico, também devem ser considerados na hora de investir.

Além disso, avaliar o histórico de valorização da ação e as perspectivas de crescimento da empresa, a partir de recomendações de analistas, são cruciais.

A saúde financeira da companhia, incluindo indicadores como lucro líquido, endividamento e fluxo de caixa, ajuda a garantir que a empresa seja financeiramente sólida e capaz de enfrentar crises.

A perspectiva do setor no qual a empresa está inserida também é um aspecto relevante, pois pode afetar diretamente o desempenho da ação.

Uma boa governança corporativa também é fundamental para garantir que a empresa seja transparente e comprometida com os interesses dos acionistas e costuma ser acompanhada por investidores. 

Contudo, especialistas indicam que a diversificação do portfólio é essencial para reduzir riscos, já que garante que o investidor tenha uma exposição equilibrada aos diferentes setores e empresas.

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