A Marfrig informou em fato relevante que atingiu a marca de 31,66% do capital social da BRF. A aquisição foi feita via leilão e bolsas e opções.
Se as opções forem integralmente exercidas pela Marfrig, a empresa de Marcos Molina terá até 257.267.671 de papéis da produtora de alimentos. Isso não só consolidaria a Marfrig como a maior acionista da BRF, o que representaria quase um terço do capital social da BRF, o que poderia acionar o “poison pill”, que é um mecanismo de estímulo à dispersão acionária, e que são também utilizados para proteção de controle minoritário.
O mecanismo, incluído no estatuto social da BRF; determina que qualquer acionista que se torne titular de 33,33% das ações da empresa terá de divulgar este fato e lançar; em até 30 dias contados a partir da aquisição mais recente, uma oferta pública de aquisição (OPA) para todos os demais acionistas.
Impacto: Marginalmente positivo. Apesar da diversificação no portfólio da Marfrig, que adicionaria receita proveniente de carne suína e ave, que tendem a ter correlação negativa com a bovina, o movimento já era bastante esperado, principalmente pelo fato de haver no estatuto social da BRF o “poison pill”. Vale ainda ressaltar que a transação tem um caráter muito mais defensivo, conforme informado pela Marfrig; que não irá interferir, por ora, na administração da dona da Sadia e Perdigão.