A aprovação do marco legal do saneamento básico no Brasil, no final de junho, traz um oásis de boas notícias ao mercado financeiro em um momento de profundas incertezas em razão do coronavírus. Segundo o governo federal, o novo marco deverá envolver investimentos da ordem de R$ 600 bilhões a R$ 700 bilhões para o setor privado. Isso poderá trazer boas oportunidades para empresas de capital aberto como Sabesp (SBSP3), Copasa (CSMG3) e Sanepar (SAPR11), seja por meio de parcerias, seja por oportunidade de privatização.

“A proposta cria regras para o setor e abre caminho para uma participação mais efetiva da iniciativa privada na exploração dos serviços”, avalia Régis Chinchila, analista da Terra Investimentos.

O texto estabelece como meta que 99% da população brasileira tenha acesso a água potável, e 90% ao tratamento e a coleta de esgoto até 2033. Hoje, apenas 6% das cidades têm investimentos via setor privado – e por aí se vê o tamanho da oportunidade.

De acordo com a XP, o novo marco poderá abrir espaço para a privatização das estatais de saneamento listadas na bolsa.

“Acreditamos que todas as ações deverão no curto prazo ser impulsionadas pelo otimismo, seja por uma melhor percepção regulatória com o setor, seja por expectativas relacionadas a potenciais processos de privatização que poderão avançar”, avalia Gariel Francisco, analista de Energia e Petróleo & Gás da corretora.


No caso da empresa de Copasa, a XP considera que há muitos obstáculos nos âmbitos estadual e municipal para que uma eventual proposta de privatização seja considerada possível. “Acreditamos que as ações da Copasa estão excessivamente valorizadas”, afirma o analista da XP, que dá preço-alvo de R$46 a ação.

No caso da Sabesp, a corretora considera a ação como mais promissora do que a Copasa. Entretanto, após a aprovação do Novo Marco Regulatório, a corretora considera que o foco migrará para a estruturação de um processo de privatização que não começará antes das eleições de 2020. A empresa tem preço-alvo de R$50/ação para a XP.

A corretora é mais otimista com a Sanepar.

“Apesar de incertezas no curto prazo em relação à situação hidrológica do Paraná e ao âmbito regulatório, acreditamos que as ações são excessivamente descontadas, inclusive em relação a outros setores regulados, como o Elétrico. Nosso preço-alvo de R$32/ação embute um prêmio de risco mais elevado em relação a outras empresas de nossa cobertura”, conclui Francisco.


Outras empresas brasileiras que trabalham diretamente em obras de infraestrutura, por fornecimento ou serviços, enxergam o setor de saneamento como um forte aliado para superar o marasmo da economia. É o caso da empresa de metalurgia Tupy (Tupy3). Fernando Cestari de Rizzo, CEO da Tupy, avalia que, apesar das incertezas do cenário atual, se observam setores aos quais a companhia tem exposição relevante que devem se materializar a partir do terceiro trimestre.


“O momento atual vai levantar discussões importantes sobre as prioridades de investimento em todo o mundo, como saneamento básico, estrutura hospitalar, acesso à água potável, alimentação e moradia de qualidade. Setores diretamente atrelados às soluções desenvolvidas pela Tupy”, afirma o CEO.

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