Na última segunda-feira (24), o Magazine Luiza (MGLU3) anunciou uma parceria estratégica com o Aliexpress, permitindo que o e-commerce estrangeiro entre como vendedor no marketplace do Magalu.
Isso inclui produtos do segmento Choice do AliExpress, linha premium conhecida por custo-benefício e velocidade de entrega. Simultaneamente, o Magalu venderá seus próprios produtos na plataforma da companhia chinesa.
Do ponto de vista da concorrência, a Genial Investimentos acredita que o acordo entre o Magalu e o cross-border tem potencial de elevar a competitividade do canal de marketplace para as duas companhias no setor. Neste sentido, os analistas Iago Souza e Nina Mirazon escreveram que a união pode ser “uma futura dor de cabeça para o invicto líder do on-line brasileiro, Mercado Livre (MELI34)”.
Para a dupla, o acordo traz uma relação de ganha-ganha em ambos os lados para o Magazine Luiza. Tanto na visão onde o AliExpress comercializa os seus produtos Choice dentro do marketplace do Magalu, quanto na visão onde a companhia é a vendedora, atuando dentro da plataforma chinesa.
“Nessa primeira visão, Magalu será remunerada por um percentual do produto vendido, chamado de Take-Rate. Entendemos que neste ponto, o AliExpress arcará com toda a operação logística. Dessa forma, Magazine Luiza não dispenderá de custo logístico, o que traz um unit economic positivo para a varejista nacional, uma vez que toda receita comissionada é convertida em lucro operacional”, pontuaram.
Por outro lado, o relatório também ressalta que é necessário adicionar a questão de “despesas de marketing” nessa equação. Apesar de prever uma pressão na margem bruta, a margem EBITDA seria compensada por não precisar de investimento em marketing para a venda de produtos. Com isso, nessa visão, o unit economics também é positivo e contribui para maior alavancagem operacional da companhia.
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