A M Dias Branco registrou no 4T19 um lucro líquido de R$ 264,9 milhões, com expressivo crescimento de 89,5% em relação aos R$ 139,8 milhões de igual trimestre de 2018; alta explicada pela melhora do resultado operacional que refletiu o aumento de volumes totais; o incremento dos preços médios e maior nível de utilização de capacidade.

Um resultado acima do esperado, após o direcionamento estratégico da companhia para os próximos cinco anos, baseado num plano de crescimento nos seus mercados de atuação; a criação de novas categorias e no fortalecimento das exportações, com foco no incremento de produtividade e maior eficiência.

Temos recomendação de compra e preço justo de R$ 50,00/ação, equivalente a um potencial de alta de 30,2% em relação à cotação de R$ 38,40/ação (valor de mercado de R$ 13,0 bilhões). Nesse preço suas ações registram alta de 1,3% este ano e queda de 15,3% em doze meses.

Destaques

• O volume de vendas no 4T19 registrou crescimento de 10,8% ante o 4T18;

• EBITDA de R$ 289,2 milhões no 4T19, com crescimento de 52,3% ante o 4T18;

• Crescimento de 7,2% da receita líquida no 4T19 ante igual trimestre do ano;

• Aumento do nível de utilização da capacidade de produção, de 66,5% no 4T18 para 74,3% no 4T19;

• Aumento da verticalização de farinha de trigo, de 81,2% no 4T18 para 92,5% no 4T19, com o novo moinho de trigo em Bento Gonçalves (RS);

• Investimentos de R$ 101,7 milhões em produção, distribuição e tecnologia.

Tomando por base o resultado acumulado de 2019 em relação a igual período de 2018 a Receita Líquida cresceu 1% para R$ 6,1 bilhões; o EBITDA caiu 17% somando R$ 772 milhões com margem de 12,6% (-2,9pp) e o Lucro Líquido registrou queda de 23% para R$ 557 milhões; explicado principalmente por um início de ano desfavorável, com aumento de custos de commodities, matérias-primas e alguns insumos; junto com a retração do consumo e elevados níveis de estoque dos clientes.

Os investimentos somaram R$ 321,3 milhões em 2019, +6,7% ante 2018. Ao final de dezembro de 2019 a dívida líquida da companhia somava R$ 605 milhões, com redução de 21% em doze meses, representando 0,8x o EBITDA, em linha com dez/18.

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Investir sem um preço-alvo é acreditar apenas na sorte