O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou algumas propostas que estão sendo discutidas dentro do seu próprio governo de limitar o crescimento dos gastos com saúde e educação, afirmando que não fará ajuste fiscal “em cima dos pobres”.
Em entrevista na Itália, Lula ainda defendeu o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e criticou a taxa de juros e o Banco Central. Lula enfatizou que ajustes não serão feitos à custa da saúde e educação, áreas historicamente subfinanciadas.
O Ministério da Fazenda estuda alinhar o crescimento das despesas com saúde e educação às regras do arcabouço fiscal, mas enfrentou repercussão negativa.
Haddad disse que é apenas um dos cenários discutidos, enquanto a ministra Simone Tebet declarou que a revisão dos pisos não é prioridade.
Lula também criticou a desoneração da folha de pagamento de empresas, que gerou uma perda de arrecadação de R$ 15,8 bilhões. Ele desafiou os empresários a apresentarem uma proposta de compensação.
Lula reafirmou seu apoio a Haddad e criticou a atenção dada ao déficit fiscal pela imprensa, comparando-a à falta de críticas à alta taxa de juros. Durante sua participação na reunião do G7, Lula discutiu o acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia, afirmando que o Brasil está pronto para assiná-lo após ajustes necessários.