Recentemente, um vídeo publicado pela Presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza (MGLU3), Luiza Trajano, viralizou na internet.

Muito se comentou sobre a empresária pedir “por favor” para que os clientes fossem às lojas e assumissem um “carnezinho gostoso” ao realizar suas compras. É claro que a maioria do público nas redes sociais, valendo-se também de opiniões políticas, massacrou a ação e uma enxurrada de críticas, deboches e desprezo inundou os comentários de publicações que falavam sobre o tema.

Porém, o que ninguém parece ter se atentado, caro leitor, é que Luiza Trajano, quer você goste dela ou não e independentemente de sua posição política, mais uma vez nos deu uma aula sobre marketing e sobre como gerir um negócio.

Sou entusiasta de economia e finanças, mas minha maior atuação profissional está em comunicação.

O que Luiza Helena Trajano fez nessa comunicação foi simples, mas genial. Ela simplesmente conversou com o público que queria.

Não, não estou falando dos que comentaram negativamente no Instagram. O que ninguém percebeu é que Luiza Trajano não tinha como alvo:

  • Investidores, seja os de MGLU3 ou os que agouram a empresa;
  • Consumidores que compram exclusivamente pelo e-commerce Magalu;
  • Novos clientes adquiridos durante 2020 e 2021;
  • Pessoas da Geração Z, nascidos entre 1997 e 2010 (e até mesmo parte da Geração Y, nascidos entre 1981 e 1996).

Luiza Trajano falou diretamente com outros grupos:

  • Donas de casa;
  • Idosos;
  • Pessoas com hábito de comprar em lojas físicas;
  • População de baixa/média renda;
  • Indivíduos sem acesso a crédito;
  • Contemplados pelo Auxílio Brasil.

Sim, pode parecer que foi um vídeo amador, sem propósito, mas lembre-se de que Magalu é uma empresa gigantesca. Nada é por acaso quando nos referimos a grupos dessa magnitude.

Cheguei a ver, inclusive, comentários criticando a equipe de marketing do Magazine Luiza, questionando onde estariam as pessoas responsáveis pela comunicação que deixaram passar algo do tipo. No mesmo momento pensei: Talvez segurando o cartaz para que Luiza Trajano lesse.

Vamos fazer mais um trabalho de raciocínio.

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